sábado, 10 de abril de 2010

EUROPA 2020

A Comissão Europeia lançou há pouco tempo a Estratégia Europa 2020 para assegurar a saída da crise e preparar a economia da UE para a próxima década.

A Comissão identifica três vectores fundamentais de crescimento que deverão orientar as acções concretas a nível da UE e a nível nacional:

 Crescimento inteligente - promover o conhecimento, a inovação, a educação e a sociedade digital,

 Crescimento sustentável - tornar a nosso aparelho produtivo mais eficiente em termos de recursos, ao mesmo tempo que se reforça a nossa competitividade, [em suma, promover uma economia hipocarbónica, eficiente em termos de recursos e competitiva];

 Crescimento inclusivo - aumento da taxa de participação no mercado de trabalho, aquisição de qualificações e luta contra a pobreza.

Os progressos para alcançar estes objectivos serão avaliados em função de cinco objectivos representativos a nível da UE, que os Estados-Membros deverão traduzir em objectivos nacionais, tendo em conta os seus diferentes pontos de partida:

1. 75 % da população de idade compreendida entre 20 e 64 anos deve estar empregada.

2. 3 % do PIB da UE deve ser investido em I&D.

3. Os objectivos em matéria de clima/energia «20/20/20» devem ser cumpridos.

4. A taxa de abandono escolar deve ser inferior a 10 % e pelo menos 40 % da geração mais jovem deve dispor de um diploma do ensino superior.

5. 20 milhões de pessoas devem deixar de estar sujeitas ao risco de pobreza.

Para atingir estes objectivos, a Comissão propõe uma agenda Europa 2020 que consiste numa série de iniciativas emblemáticas, cuja execução constituirá uma prioridade partilhada que exigirá acções a todos os níveis: organizações à escala da UE, Estados-Membros e autoridades locais e regionais:

• Uma União da inovação – recentrar a política de I&D e inovação nos principais desafios sociais, ao mesmo tempo que se colmata o desfasamento que existe entre ciência e mercado, transformando as invenções em produtos. A título de exemplo, a patente comunitária poderia traduzir-se numa economia anual de 289 milhões de EUR para as empresas;

• Juventude em movimento – reforçar a qualidade e a capacidade de atracção internacional do sistema de ensino superior europeu, promovendo a mobilidade dos estudantes e dos jovens profissionais. Enquanto acção concreta, as vagas existentes em todos os Estados-Membros devem ser mais facilmente acessíveis em toda a Europa e as qualificações e experiência profissional reconhecidas de forma adequada.

• Uma Agenda digital para a Europa – retirar de forma sustentável benefícios económicos e sociais do mercado único digital baseado na internet de alta velocidade. Até 2013, todos os europeus devem ter acesso à internet de alta velocidade.

• Uma Europa eficiente em termos de recursos – apoiar a transição para uma economia hipocarbónica e eficiente na utilização de recursos. A Europa deve manter-se fiel aos objectivos que fixou para 2020 no domínio da produção, eficiência e consumo de energia. Deste modo, seria possível uma poupança de 60 mil milhões de EUR nas importações de petróleo e gás em 2020.

• Uma política industrial em prol do crescimento verde – contribuir para a competitividade da indústria da UE no mundo que emergirá da crise, promover o empreendedorismo e desenvolver novas qualificações. Deste modo, seria possível criar milhões de novos postos de trabalho.

• Uma Agenda para novas qualificações e novos empregos – criar as condições para a modernização dos mercados de trabalho, com vista a aumentar as taxas de emprego e assegurar a sustentabilidade dos nossos modelos sociais, no momento da passagem à reforma da geração dos «baby-boomers».

• Uma Plataforma europeia contra a pobreza – assegurar a coesão económica, social e territorial, permitindo que as camadas mais pobres e socialmente excluídas da população desempenhem um papel activo na sociedade

(Noticia em EN: http://ec.europa.eu/eu2020/)

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