terça-feira, 31 de agosto de 2010

A ENTREVISTA DA SRª PRESIDENTE DA JUNTA DE MARINHAIS

Edição de 26-08-2010

Maria de Fátima Gregório assumiu a presidência da junta de freguesia em Outubro de 2009
Falta de saneamento básico é o principal problema em Marinhais
Maria de Fátima Gregório é a presidente da Junta de Freguesia de Marinhais. Decidiu candidatar-se como independente pelo Partido Socialista após convite de um amigo que integrava o mesmo projecto. Trocou o emprego na Direcção-Geral de Veterinária, em Santarém, onde estava há cerca de 15 anos pelo projecto político. É uma mulher de desafios. Aos 39 anos gere a maior freguesia do concelho de Salvaterra de Magos.


Já tinha pensado em ser presidente de junta?

Nunca tinha pensado nisso. A ideia partiu de um amigo cá da terra, João Santos, que quando se juntou ao engenheiro Hélder Esménio – actual vereador do PS na Câmara de Salvaterra de Magos - decidiram convidar-me para candidata à junta. Um dia o João apareceu no meu local de trabalho e fez-me a proposta. De início fiquei surpreendida com o convite, mas gostei do projecto que me apresentaram e decidi arriscar. Depois de falar com o meu marido, que me deu apoio total, aceitei a proposta.

O que a levou a concorrer ao cargo?

Quando me apresentaram o projecto pensei que estava na hora de mudar os destinos da junta. Eu sabia que o meu antecessor tinha carisma, se vencesse ia para o terceiro mandato e as pessoas gostavam dele. Mas de vez em quando é preciso inovar porque quando estamos muitos anos no mesmo sítio começamos a cometer os mesmos erros e parece que não avançamos. Foi isso que me levou a avançar com a candidatura.

Foi a primeira aventura no mundo da política?

A sério foi a primeira vez. Já tinha participado na vida política, há uns anos, com o executivo do Bloco de Esquerda (BE), que estava na junta antes de mim. Mas não foi uma experiência de que gostasse muito.

É filiada em algum partido?

Não. Quando estive nas listas do BE fui como independente e agora quando concorri à junta pelo PS também foi como independente. Nunca estive filiada em nenhum partido. Acredito sobretudo nos projectos. São mais importantes do que a cor política. Gostei do projecto e das pessoas e foi isso que me levou a participar.

Que balanço faz destes primeiros dez meses de mandato à frente da Junta de Marinhais?

É positivo porque em relação ao contacto com as pessoas era aquilo que esperava. Desde o início que privilegio o contacto com a população, saber quais os seus problemas, o que acham que pode ser feito para melhorar a freguesia. Ando bastante na rua porque acredito que é contactando com as pessoas e com os problemas que temos noção da realidade. Quando não estou na rua estou na junta e faço questão de receber todas as pessoas que aqui vêm para falar comigo.

Quais são as queixas que a população mais lhe faz?

Tivemos um Inverno terrível e nesta freguesia foi muito complicado com as ruas alagadas devido ao entupimento das valas. Tivemos que andar sempre no terreno a acompanhar as diversas situações, a abrir valas e buracos para escoar a água das chuvas, mas felizmente conseguimos resolver. As queixas mais preocupantes são em relação à falta de saneamento básico. É uma situação muito complicada uma vez que ainda existem muitos locais onde ainda não existe saneamento básico. As pessoas requerem a limpeza de fossas e nós, por vezes, não temos capacidade de resposta principalmente no Inverno. Tivemos que alugar um serviço particular para fazer face a todos os pedidos.

Já conseguiram liquidar os cerca de 90 mil euros de dívidas deixadas pelo executivo anterior?

Confesso que fiquei muito surpreendida quando me deparei com esta situação financeira. A dívida aos fornecedores não me aflige tanto uma vez que é uma dívida que tem que existir, para fazermos as coisas temos que nos endividar. A dívida que mais me preocupou foi a que temos à Segurança Social, que é de aproximadamente 52 mil euros de contribuições referentes aos anos de 2007, 2008 e 2009. Desde que assumi a presidência da junta que voltamos a pagar à Segurança Social todos os meses.

E a dívida que não foi paga?

O que não foi pago vai ser negociado com o banco e com a Segurança Social. Espero até ao fim deste ano conseguir negociar esta situação para começarmos a pagar a dívida. Ao iniciarmos o abatimento da dívida já não somos considerados devedores e é mais fácil, por exemplo, ir ao Centro de Emprego pedir pessoas para trabalharem na junta e neste momento não o posso fazer porque tenho esta dívida à Segurança Social.

Como é que se chega a uma situação destas?

Não faço ideia. Nunca falei com o senhor Vitorino Santos (BE) sobre o assunto, mas o que penso é que, como não havia dinheiro, algumas contas a pagar tinham que ficar para trás. Mas deixar de pagar as nossas dívidas não é a solução para os problemas financeiros.

Que metas quer alcançar até final do mandato?

Tinha algumas metas traçadas mas quando cheguei à junta esses planos mudaram por força da situação que encontrei. Acima de tudo, espero chegar ao fim do mandato sem dívidas. Ou, pelo menos, com as chamadas dívidas normais que facilmente se liquidam. Não quero deixar uma dívida brutal que depois não se consiga trabalhar no mandato a seguir.

Que obra gostava de deixar feita neste mandato?

Era algo que tinha que ser feito em conjunto com o município, mas gostava de aumentar os lugares de estacionamento no centro da vila. Já temos algumas ideias para criar alguns espaços para os automóveis poderem estacionar. Estamos também a terminar a construção de 20 ossários no cemitério, que era algo que tínhamos falta, estavam todos ocupados.

Pensa recandidatar-se ao cargo?

Se no final do mandato achar que fiz um bom trabalho, se achar que as pessoas gostaram e se perceber que a população quer que eu continue, recandidato-me. Estou neste cargo para servir a minha freguesia. Se tudo correr bem gostava de me recandidatar uma vez que estou a começar algo do início e gostava de deixar obra feita.

“Reduzimos os dias das Tasquinhas porque não temos dinheiro para mais”

Em 2009, as Tasquinhas de Verão em Marinhais realizaram-se em dois fins-de-semana. Este ano dura apenas três dias. As pessoas não acham que são poucos dias?

Não. Temos mesmo que reduzir porque não temos dinheiro. Do programa constam alguns artistas musicais e posso dizer que a actuação de uma das cantoras foi oferecida pelo empresário da artista. Devemos realizar iniciativas consoante as nossas possibilidades. Julgo que a população de Marinhais conhece a situação financeira da junta e o que conta é a festa e o convívio, mesmo que sejam menos dias.

Este certame é importante para a freguesia?

Muito, sobretudo para as associações porque é uma maneira de se darem a conhecer ao público e às pessoas de fora da terra e é também uma forma de realizarem dinheiro.

O que é que faz falta a Marinhais?

O mais importante é sem dúvida o saneamento básico como já referi. Mas também faz falta a pavimentação das estradas da freguesia, um parque infantil maior adequado à dimensão da população. Temos um complexo desportivo, onde se podia construir também uma piscina. Somos uma freguesia central e com um equipamento desses as populações de Muge, Granho e Glória também podiam usufruir da piscina. Gostávamos de dinamizar mais o recinto de festas que actualmente só utilizamos durante sete dias por ano. Podíamos criar ali uma zona com skate parque, patinagem, entre outras modalidades para atrair os jovens.

Recentemente morreu um homem na passagem de nível na Estrada Nacional 367 em Marinhais. Pretendem tomar alguma medida para reforçar a segurança no local?

Estamos em negociações com a REFER e, em princípio, vão encerrar duas passagens de nível na freguesia de Marinhais nomeadamente na rua da Lagoa e na rua da Olaria. A passagem de nível da EN 367 vai ficar a funcionar, mas aquando do encerramento das passagens de nível será reforçada a segurança nesta passagem da EN 367. A junta queria uma melhor sinalização, que a via fosse pintada com uma cor forte e que ficasse bem iluminada para se perceber que é necessário ter cuidado naquele local. E colocar as cancelas ao longo de toda a estrada.

O mercado diário de Marinhais tem condições para funcionar?

O mercado diário é muito antigo e actualmente não tem boas condições de funcionamento. É pouco utilizado tendo apenas duas pessoas todos os dias e mais outra pessoa ao fim-de-semana. Temos também o talho naquele local apenas ao fim-de-semana.

A solução passa por encerrar definitivamente o mercado?

Sinceramente, ainda não sei qual é a solução para aquele espaço porque, como sabemos, a ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica) está atenta a estas situações. Provavelmente se a ASAE viesse ao mercado de Marinhais acontecia o mesmo que está a acontecer nos outros, que é fechar. A solução seria uma remodelação profunda e criar um mercado com pequenas lojas, onde cada comerciante ficaria responsável pelo seu espaço.

Que argumentos utilizaria para convencer pessoas de fora a virem morar para Marinhais?

Somos uma vila ainda com o gostinho de aldeia. Somos uma freguesia grande mas num meio rural. As pessoas que vivem em Marinhais têm o seu quintal, onde podem fazer a sua própria horta. Aqui não há stress, temos qualidade de vida e ainda conseguimos ouvir o chilrear dos pássaros, algo que nas grandes cidades é praticamente imperceptível. Espero que Marinhais continue assim.

REUNIÃO DA CÂMARA A 01-09-2010


Eis a Ordem de Trabalhos da próxima reunião ordinária (pública) da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, a realizar na próxima 4ª feira, dia 01/09/2010, pelas 14.30 horas, no Salão Nobre dos Paços do Concelho.

(Clique em cima para visualizar melhor)

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

COM UM POUCO DE TINTA...


A Fonte do Gado junto à Praça de Touros em Salvaterra de Magos com um pouco de tinta branca fica com aspecto limpo.

A paragem dos autocarros escolares, agora que se aproxima o início do ano escolar, também devia merecer a atenção dos Serviçoa da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos.


A Estação Elevatória (bombagem de esgotos) junto ao Cais da Vala padece de intervenção semelhante.


Alguns exemplos do modo como podia ser melhor cuidado o nosso dia-a-dia!...

LAIVOS DE DESPOTISMO


Edição de 26-08-2010

Sociedade
PS lamenta atraso nas actas das reuniões de Câmara de Salvaterra

Os vereadores do Partido Socialista na Câmara de Salvaterra de Magos lamentaram, na reunião do executivo de 18 de Agosto, o facto de terem tido que aprovar de uma assentada nove actas de reuniões de câmara realizadas entre 9 de Março e 2 de Junho deste ano. A situação passou-se na reunião do executivo de 4 de Agosto.
Apesar dos vereadores presentes, João Simões e Berta Charréu – esta em substituição de Hélder Esménio, ausente de férias – terem pedido para que aprovação das actas fosse adiada para sessão de câmara seguinte, tal não foi concedido pela presidente, Ana Cristina Ribeiro (BE).
“Apesar de estarmos a falar de mais de 300 páginas de texto e de actas com mais de quatro meses de atraso, a senhora presidente não acedeu ao pedido dos vereadores para adiar este ponto. É impossível conseguir ler 300 páginas em 48 horas”, dizem os vereadores socialistas, acrescentando que esta recusa por parte da presidente é “uma deselegância política que merece o nosso veemente protesto”.
Ana Cristina Ribeiro referiu que vão “tentar” a partir da próxima reunião do executivo que as actas “venham atempadamente cumprindo a própria legislação”. A autarca não deixou de alertar os vereadores da oposição: “Vieram nove actas como poderiam vir 20. Os vereadores têm o tempo que têm para preparar as reuniões do executivo. Se é necessário reduzir horas de sono para preparar as reuniões então que se reduza. Todos temos prazos a cumprir e o tempo é escasso para todos”.
A presidente referiu ainda que as actas foram enviadas para os eleitos da oposição com as 48 horas de antecedência conforme a lei estipula. “O facto de actas anteriores não virem para aprovar logo na reunião seguinte não penaliza nenhum munícipe nem ninguém que esteja a aguardar uma deliberação da autarquia. As minutas das reuniões são sempre aprovadas no final e eficazes a partir daquele momento”, sublinhou.

Nota do editor do blog:
O que diz a Lei 5-A/2002 (Regime Jurídico que regula o funcionamento da Câmara Municipal) no nº 2 do seu artº 92: “As actas são lavradas, sempre que possível, por funcionário da autarquia designado para o efeito e postas à aprovação de todos os membros no final da respectiva reunião ou no início da seguinte, sendo assinadas, após aprovação, pelo presidente e por quem as lavrou.”
O que é pedido aos vereadores é que na preparação da reunião de Câmara seguinte se pronunciem sobre a acta da reunião anterior e não sobre 3 meses de actas (9 reuniões) atrasadas e cujo acumulação é ilegal. Do exposto resulta que a observação (noticiada) da Srª Presidente da Câmara sobre as “horas de sono” dos senhores vereadores é caricata e reveladora de uma singular visão que tem do exercício da democracia!...
Que fique bem claro, esta postura ou visa impedir a apreciação rigorosa dos documentos postos à votação ou é indicadora do carácter autoritário com que a maioria BE gere a autarquia.

domingo, 29 de agosto de 2010

TRATAMENTO(s) JORNALÍSTICO(s) II

Sobre o tema do enceramento do balcão da Segurança Social em Marinhais é possível obter mais uma notícia, desta feita pelo Jornal O MIRANTE. Ver, a propósito, o post de 24/08/2010 onde pontua um outro tipo de abordagem.


Edição de 26-08-2010

Sociedade
Câmara de Salvaterra de Magos contra encerramento de balcão da Segurança Social de Marinhais

O executivo da Câmara de Salvaterra de Magos aprovou por unanimidade uma moção apresentada pelo PS contra o encerramento do balcão da Segurança Social de Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, a 17 de Agosto. “É inaceitável que medidas destas, com impacto essencialmente nas populações das freguesias de Marinhais e de Muge, mas também com reflexos para quem reside no Granho e Glória do Ribatejo, possam ser assumidas sem existir uma comunicação prévia às autarquias envolvidas e sem se procurar encontrar – em parceria com elas - uma alternativa funcional credível”, pode ler-se na moção apresentada pelo PS.
E acrescenta: “Não é admissível que, em nome da necessária redução da despesa pública que todos pagamos, se possa simplesmente ‘apagar’ um serviço que serve uma dezena de milhar de pessoas e que tem um atendimento diário importante, obrigando todos aqueles que já têm dificuldades financeiras a deslocar-se à sede do concelho, com o acréscimo de custos financeiros que isso exige”.
A maioria Bloco de Esquerda também manifestou o seu descontentamento na reunião de câmara realizada a 18 de Agosto. “O encerramento do balcão de Marinhais representa um retrocesso na prestação deste serviço num concelho e num distrito que enfrentam graves insuficiências no acesso a serviços públicos, com consequência nas condições de vida das populações. Este encerramento tem consequências particularmente graves se tivermos em conta que o serviço em causa serve predominantemente populações rurais e envelhecidas, com maiores dificuldades na sua mobilidade ou no domínio de outros meios de contacto e recolha de informação”, referiu o vereador Luís Gomes (BE).
Entretanto o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda já questionou o Governo sobre o encerramento da delegação dos serviços da Segurança Social em Marinhais, que serve 4 das 6 freguesias do concelho (Marinhais, Glória de Ribatejo, Muge e Granho), abrangendo cerca de 11 mil habitantes. O deputado José Gusmão, eleito pelo círculo de Santarém, pediu à ministra do Trabalho e da Solidariedade Social que esclareça se confirma o encerramento da delegação da Segurança Social em Marinhais e que estudos foram realizados para concluir pela eliminação deste serviço e qual a expectativa de poupança que justifica esta decisão.
Na região fecharam já também balcões de Segurança Social em localidades como Riachos (Torres Novas), Minde (Alcanena), Aveiras de Cima e Alcoentre, no concelho de Azambuja.

sábado, 28 de agosto de 2010

ELEVAÇÃO DE GLÓRIA DO RIBATEJO A FREGUESIA

(in Jornal Aurora do Ribatejo, edição de 22-10-1966)

No dia 29 de Agosto, celebram-se 44 anos de elevação da Glória do Ribatejo a freguesia. Na foto acima, sessão solene que assinala aquele acontecimento, destacam-se José Augusto Catarino (primeiro Presidente da Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo), José Pinto de Figueiredo (Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos) e Bernardo de Mesquitela (Governador Civil do Distrito de Santarém).
Em 2006, a Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo, editou a publicação “Glória do Ribatejo – 40 anos de Freguesia 1966 – 2006” da autoria do Dr. Roberto Caneira.
Através deste livro, o autor dá-nos a conhecer o processo da criação da freguesia, e as primeiras obras realizadas, muitas delas feitas com base em doações dos próprios habitantes. O texto seguinte é retirado daquela publicação.
"O processo da criação da Freguesia iniciou-se em 1965 e concretizou-se através de uma petição dirigida ao Sr. Ministro do Interior, a qual foi assinada por 600 chefes de família da Glória do Ribatejo. Com esta acção estava oficializada a intenção de se criar a Freguesia.
A 29 de Agosto de 1966, o decreto-lei n. 47 170, determina “que se crie no Concelho de Salvaterra de Magos, distrito de Santarém, a Freguesia da Glória do Ribatejo, com sede na povoação da Glória”.
Nos primeiros anos desta nova freguesia, houve um grande empenho para dotar a terra de novas infra-estruturas básicas e necessárias: água e luz. Facto curioso é que muitos habitantes pagaram do seu bolso estas infra-estruturas e a Comissão de Festas de 1966, doou à Junta 10 contos, uma quantia muito avultada para a época.
A RARET constitui um factor relevante neste processo, motivando e proporcionando o desenvolvimento local, ao ceder terrenos para a criação da Casa do Povo e da própria Junta de Freguesia da Glória do Ribatejo."
Passados 44 anos da criação da Freguesia, a Glória do Ribatejo é hoje uma vila que ainda mantém a sua identidade cultural e histórica. Assediada por outros valores e inovações que são fruto do progresso, consegue resistir em certos aspectos ao processo galopante da globalização que tende a homogeneizar as culturas, afectando a identidade, a memória, os usos e os costumes de um Povo.
Este post é a homenagem possível a todos os cidadãos glorianos que ousaram, lutaram, acreditaram e venceram no seu propósito: constituir a Glória do Ribatejo como Freguesia; uma Glória dinâmica, uma Glória justa, uma Glória com os olhos no futuro mas com o respeito pelo passado, em suma uma Glória do Mundo!

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

NOVO ACIDENTE NA EN 118 EM MARINHAIS


Há cerca de uma semana, ao final da tarde, voltou a acontecer um acidente rodoviário no entroncamento da Rua do Cartaxeiro com a EN 118, freguesia de Marinhais.
Este sinistro - felizmente só com consequências materiais - volta a colocar na agenda política autárquica a proposta que os vereadores socialistas fizeram de se avançar para uma parceria Estradas de Portugal - Câmara Municipal de Salvaterra de Magos que permita a construção de duas rotundas no atravessamento daquela povoação.
Lembramos a propósito os posts publicados neste espaço, datados de 5 e 19 de Maio últimos. Num deles pode ler-se:
"A candidatura do Partido Socialista, na última campanha eleitoral, apresentou como proposta eleitoral a construção de uma rotunda junto a este entroncamento e de uma outra junto ao entroncamento da Estrada dos Ramalhais, enquadrando assim, a norte e a sul, as entradas na vila de Marinhais, o que reduziria necessariamente as velocidades de circulação naquele troço da EN 118. Complementarmente e para que os automobilistas se apercebam que entre essas duas rotundas estariam dentro de uma povoação, deveria avançar-se, de modo faseado, para a colocação de lancis e execução de passeios."
Quantos mais acidentes serão necessárioa para a maioria BE assumir a resolução deste problema?!...

A COMUNICAÇÃO SOCIAL E AS TASQUINHAS DE VERÃO


Especial de Marinhais
Tasquinhas de Verão em Marinhais de 27 a 29 de Agosto


 
As Tasquinhas de Verão estão de volta a Marinhais, concelho de Salvaterra de Magos, nos dias 27, 28 e 29 de Agosto. Além das tradicionais tasquinhas que dão nome ao certame e onde os visitantes podem degustar de várias iguarias gastronómicas e vinho da região, também vai haver muita música.

O certame arranca na sexta-feira pelas 21h00 com a actuação do grupo musical FS. Uma hora mais tarde está prevista a apresentação da Associação dos Amigos do Carnaval 2010 que vão apresentar o espectáculo intitulado “Michael Jackson”. O baile com os FS continua pela noite fora.

O desfile de ranchos, marcado para as 21h00 de sábado, 28, sai da Igreja Nova até ao Largo das Festas, seguindo-se meia hora mais tarde o 30º Festival Nacional de Folclore. A noite termina com um baile animado pelos “Relíquia Antiga”. Jorge Paulo e Susana (21h00) e Marisa Duvall (22h00) são os artistas musicais que vão abrilhantar a última noite das tasquinhas.

Uma vila que não tem parado de crescer

A vila de Marinhais foi denominada durante séculos como “Foros de Muge”, dado que todos os terrenos pertenciam à vizinha freguesia de Muge, sob a forma de baldios. É difícil traçar uma evolução histórica sobre Marinhais, pois os seus primeiros habitantes não eram das redondezas, mas originários do norte do país, nomeadamente das zonas de Pombal e Cantanhede. Eles vinham trabalhar para as grandes casas agrícolas da região, acabando por se fixar. O próprio povoamento ainda hoje demonstra uma ocupação recente, sendo todo ele delineado junto à estrada principal.
Dos principais marcos históricos, destaca-se o ano de 1875, como a data provável de construção da Capela de S. Miguel Arcanjo. A inauguração da Estação da Caminho-de-Ferro, em 1902, foi outro notável acontecimento, estando o rei D. Carlos presente. De todos os acontecimentos aquele que mais marcou a ascensão de Marinhais foi a criação da freguesia em 1927.
A partir dessa data, Marinhais não cessou de crescer. Hoje em dia é considerada a freguesia com o maior número de população do concelho. No Censos de 2001 tinha cerca de 5.500 habitantes.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TASQUINHAS DE VERÃO

A Junta de Freguesia de Marinhais volta a assumir, entre os dias 27 e 29 de Agosto, a organização das Tasquinhas de Verão. O evento que decorrerá no Largo das Festas de Marinhais terá o seguinte Programa:

(clique em cima para visualizar melhor)

Num ambiente que se quer de convívio e diversão, esperemos que o tempo ajude!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

OUTRA CONTRADIÇÃO


Nos 4 anos do mandato anterior, como tivemos oportunidade de denunciar (por informações recolhidas, na altura, nas freguesias), os contentores do lixo foram lavados uma única vez e já em período eleitoral. Agora, um ano depois, é que voltaram a ser lavados.
Após inúmeras manifestações de desagrado por parte da população e das sucessivas tomadas de posição críticas dos autarcas socialistas, o BE - para corrigir esta lacuna - assumiu no Plano de Actividades da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos para este ano, que a resolução deste problema passaria pela aquisição, em leasing, de uma viatura de lavagem de contentores, tendo para ela reservado no Orçamento Municipal de 2010 11.000 €, definindo ainda os montantes a liquidar nos anos seguintes.
(clique em cima para visualizar melhor)

O que fez o BE seis meses depois?! Em vez de adquirir aquela viatura (como afirmara) optou por pagar a uma empresa para lavar os contentores do lixo e a Câmara Municipal continua sem qualquer equipamento de lavagem!
Na última reunião de Câmara o vereador socialista Helder Esménio solicitou a consulta daquele contrato para conhecer o montante gasto e avaliar se a opção da Câmara Municipal é vantajosa relativamente à das autarquias nossas vizinhas que optaram por adquirir uma viatura, passando a poder fazer aquela lavagem e higienização com muito maior frequência. A resposta da liderança BE foi: “Nós sabemos fazer contas” e “Esta é a nossa opção”.
Falta de memória?! Outra contradição?!


terça-feira, 24 de agosto de 2010

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE SALVATERRA DE MAGOS


A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos (AHBVSM) celebra, no próximo dia 25 de Agosto, o seu septuagésimo quinto aniversário.
As comemorações desta efeméride serão efectuadas fora da época crítica de combate a incêndios em que vivemos, apontando a Direcção da Associação o próximo mês de Outubro como a data provável para a realização dos festejos que assinalarão as bodas de diamante da Associação Humanitária.
A todos os bombeiros, funcionários, dirigentes e sócios o nosso agradecimento pelo trabalho que vão desenvolvendo ao longo de gerações e votos sinceros de que a Associação e os Bombeiros possam continuar - por muitos mais anos - as tarefas que ajudam a proteger a vida humana e os seus pertences.


“Em 25-08-1935 foi fundada a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos, por iniciativa do Exmº Sr. Dr. José António Vieira, tendo por colaboradores os senhores Justimiano Ferreira Estudante e José Sabino de Assis.
O quartel dos bombeiros foi instalado na avenida José Luís Brito Seabra, não tinha muitas condições mas foi o que se podia arranjar para o início, tinham um pronto-socorro manual que era puxado pelos homens, a que se chamava carreta. Não havia electricidade em Salvaterra, e a maneira de chamarem os bombeiros quando eram precisos, tocavam o sino da igreja.
Nesta altura o comandante era o senhor Justimiano Ferreira Estudante e como ajudante de comando ou seja segundo comandante interino o senhor Ezequiel Jorge.
No início da década de quarenta, um senhor de nome Gaspar da Costa Ramalho mandou construir numa das suas propriedades um novo quartel, que por sinal era muito moderno na altura, mas com a condição que se os Bombeiros deixassem de existir o edifício reverteria a favor da Santa Casa da Misericórdia. (...)"

(in ”http://www.bvsm.pt/)

TRATAMENTO(s) JORNALÍSTICO(s)


Segurança Social fecha balcão em Marinhais
2010-08-19
O serviço encerrou para férias e não voltará a abrir.

À semelhança do que está a acontecer em outros concelhos, a Segurança Social encerrou o balcão de atendimento de Marinhais, no município de Salvaterra de Magos, que servia uma população de aproximadamente 11 mil pessoas. Os órgãos do poder local não foram consultados, o que não agradou ao executivo da Câmara Municipal, que considera inaceitável o encerramento, ainda para mais em tempo de férias, de um serviço tão necessário às populações. A autarquia aprovou por unanimidade uma moção que condena o encerramento do balcão de Marinhais da Segurança Social. O documento, apresentado pelos vereadores socialistas, valeu ainda assim as críticas do vereador Luís Gomes (à esquerda na foto), do bloco de esquerda. No dizer do autarca, este encerramento mais não é do que um reflexo do PEC apresentado pelo Governo, mas os socialistas presentes no executivo de Salvaterra nunca votaram a favor das moções apresentadas condenando as medidas de austeridade e os efeitos negativos que estas teriam no concelho salvaterrense.
Ana Militão

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

PROMESSAS


Antes das últimas eleições autárquicas eram estas as placas colocadas pela maioria BE anunciando um investimento privado, indevidamente apropriado, e onde se indicava que o presente Plano de Pormenor integrava, entre outros, um hotel, um centro de congressos, um campo de golfe, 2 piscinas e um campo de ténis.
Pomposamente se precisava que as obras teriam início em Outubro de 2009, quando ainda nem existiam projectos aprovados, facto que na altura denunciámos.
Muitos meses volvidos e obras… nem visto! Má-fé?!... Estas obras foram prometidas pela Câmara e a decisão de as fazer cabe a um privado. Afirmaram em 2009 o nascimento de uma nova Zona Industrial em Muge e logo no ano seguinte nem um cêntimo gasto com ela. Anunciaram um Centro Escolar para os Foros de Salvaterra e não tinham intenções de o construir.
Só se promete o que se sabe ter condições para fazer.

domingo, 22 de agosto de 2010

AINDA A HIGIENE E A LIMPEZA URBANAS


Como as fotos ilustram alguns dos contentores de recolha de lixos domésticos e até alguns dos que garantem a recolha selectiva apresentam-se degradados e têm de ser substituídos.
 
 
Infelizmente não ficam por aqui as carências do serviço que é prestado às populações do concelho no que respeita à limpeza e higiene das vias públicas.
 

Muitas das nossas sargetas estão repletas de lixo, precisam de ser limpas e de ver a sua água renovada para não deitarem mau cheiro.
 

Esta limpeza assegurará ainda que aquando do início da próxima época das chuvas as sargetas poderão responder melhor. É preciso cuidar o dia-a-dia.

sábado, 21 de agosto de 2010

PARAGENS DE AUTOCARRO


São já diversos os abrigos existentes em paragens de autocarro que carecem de substituição ou de reparação. Coberturas enferrujadas, acrílicos (vidros) partidos e sujidade.
Era importante iniciar já as tarefas de conservação antes que o processo de degradação seja totalmente irreversível. Quanto mais cedo agirmos menores serão os custos da intervenção.

A NOITE DE ONTEM NAS FESTAS DA GLÓRIA

As ruas iluminadas...

O palco principal... folclore...


O palco jovem... Depois dos PI_____, ROCK A LADY...


(desculpem a falta de qualidade das fotos)

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

AS OBRAS CONTINUAM NA GLÓRIA


Quem visite a Glória do Ribatejo por altura das Festas em Honra de Nossa Senhora da Glória, que decorrem entre 20 (6ª feira) e 23 (2ª feira) de Agosto, poderá constatar que terminou com êxito mais uma parceria entre a Junta de Freguesia local e a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos na Estrada de Coruche: a conclusão da 2ª fase do arranjo urbanístico.


Os trabalhos que decorreram entre a Rua Sargento Palhas e a Rua José Afonso incluíram essencialmente a drenagem pluvial, a colocação de lancis, a construção de passeios em calçada e a pavimentação de parques de estacionamento.
Estamos perante um bom exemplo da melhoria da qualidade de vida das populações, resta esperar que a breve trecho seja possível prosseguir para a 3ª fase, concluindo o trabalho naquele importante arruamento.

GLÓRIA EM DESTAQUE NESTE FIM-DE SEMANA


Edição de 19-08-2010

Festas em Honra de Nossa Senhora da Glória

De 20 a 23 de Agosto convívio e alegria com artistas tão diferentes como Quinta do Bill e Rosinha
Festa de Nossa Senhora da Glória com dança e música até partir

As festas começam a 20, sexta-feira, mas no dia 19 há Missa Solene em Honra de Nossa Senhora da Glória. É às 21h00. Se a padroeira dá nome à festa é justo que a primeira cerimónia seja dela. O outro momento religioso acontece domingo, dia 22. Uma outra missa marcada para as 16h00 a que se segue uma procissão.
Mesmo para os católicos a vida não é só rezar. O resto do tempo é para a folia. Na abertura, sexta-feira à noite, actuam os ranchos folclóricos. Os dois da terra. “As Janeiras” e o Rancho da Casa do Povo. Os convidados são o Rancho Folclórico “Ceifeiras e Campinos” de Azambuja e o Grupo Folclórico da Ponta do Sol que vem da ilha da Madeira. A noite continua com uma grande sardinhada, a actuação do grupo de dança “Dream-Dancing” e fecha quando já não houver mais pernas para dançar ao som do conjunto “Sentido Obrigatório”.E desde já fica o aviso que há baile todas as noites. Convergência, 4ª Audição e Manuel Monteiro & José Foguete, são os animadores de serviço.
No sábado chega a primeira Banda. É a dos Bombeiros de Salvaterra de Magos. Participa no hastear da bandeira nacional, às 16h00, tocando o Hino e a seguir dá um concerto. Mais tarde é para pular e cantar ao som das músicas brejeiras da cantora Rosinha. Para a meia-noite e meia está anunciada uma “Espectacular sessão de fogo de artifício preso e no ar”. A madrugada segue com o concerto dos K203.
Domingo, 22 de Agosto, também há fogo de artifício e música de qualidade com os “Quadrilha” e os “Quinta do Bill”. Mas isso é à noite, depois do jantar. Às 07h30. De manhãzinha, pela fresquinha, acontece a alvorada ao som da Banda Filarmónica de Santo Estevão e uma hora depois decorre o peditório para ajudar a pagar a festa.
O velhinho grupo de rock português “Táxi” começa a animar o povo na segunda-feira, dia 23, quando bater a meia-noite na torres da igreja. Antes deles dançam as Sevilhanas do grupo “Sonido Andaluz”. Nesse dia a banda filarmónica que dá concerto é a de Muge. Toca às 14h30. E é entregue a Bandeira da Festa à Comissão que a irá organizar em 2011.
Uma nota final. A Festa tem um programa alternativo no Palco Jovem, situado na Avenida. Concertos todas as noites a partir das 22h30. “The Pilinha” (Em vez do Pi usar o símbolo matemático, se faz favor), “Rock a Lady”, “Katharsis”, “Zé Beto e los Camaias” e “R12”.

A Rosinha do “Eu levo no pacote”
Os responsáveis da produtora discográfica “Moinho da Música” chamam-lhe “ A voz do povo”. É Rosinha, cantora de músicas brejeiras de gosto popularucho que põe toda a gente a pular e a cantar. Onde ela chega com as suas bailarinas não há parança. Na Glória do Ribatejo as festas vão ser animadas. Mas no dia em que ela canta, sábado, vai ser preciso fôlego extra.
Ar malandreco, sorriso cativante, acordeão ao pescoço, Rosinha vai cantar os seus maiores sucessos, a começar pelo mais recente “Eu chupo”. Gargantas afinadas para o refrão. “Eu chupo, eu chupo/E vou rodando para ele não pingar/Eu chupo, eu chupo/E no fim fico com o pau a brincar”. A canção é sobre gelados como se percebe logo, pois claro!
A carreira de Rosinha ganhou visibilidade em 2007 com um CD que tinha por título “Com a boca no pipo”. No ano seguinte saiu “Só quer é fruta”. O ano passado e este ano, a alegre e descarada artista anda pelo país a apregoar, alto e bom som: “Eu levo no pacote/Eu levo sim senhor/Eu levo no pacote/Tem outro sabor/Eu levo no pacote/P´ra gosto do meu amor”.
Para os interessados ficam algumas outras informações sobre outros gostos da cantora, retirados do site da Editora. Também gosta de andar de bicicleta e adora bacalhau. A sua cor preferida contrasta com tudo o resto. É o preto.

Museu de Glória do Ribatejo inaugura exposição sobre carroças no sábado, 21 de Agosto
Francisco Constâncio é um dos últimos habitantes de Glória do Ribatejo que ainda faz da carroça o seu principal meio de transporte

A égua Estrelinha segue a passo pela estrada fora em direcção à horta do seu dono a quem todos chamam “Chico Raiado”. Sentado na carroça o agricultor garante que ela só se assusta com os camiões.


Francisco Constâncio, 76 anos, puxa a carroça para o centro do amplo quintal de sua casa. De seguida vai buscar a Estrelinha, uma égua castanha que pertence à família há vários anos e que deve o seu nome a uma pequena mancha branca em formato de estrela no centro da cabeça. Segue-se o processo de atrelagem. A coelheira é colocada no pescoço do animal de modo a ficar preso à carroça. As correias apertadas à medida da barriga e as rédeas presas na carroça e no focinho do equino fazem parte do ritual diário do reformado.
“Chico Raiado”, nome pelo qual Francisco Constâncio é tratado pelos que o conhecem há muito tempo, é um dos oito habitantes de Glória do Ribatejo, concelho de Salvaterra de Magos, que ainda possui carroça e a utiliza diariamente. A Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural da Glória do Ribatejo inaugura sábado, 21 de Agosto, a exposição intitulada “As últimas carroças” que vai estar patente no museu da vila até Junho de 2011. Os responsáveis da Associação recolheram elementos ligados à utilização de carroças e fotografias antigas de pessoas que faziam das carroças o seu principal meio de transporte, recordações de outros tempos num tempo em que ainda continua a haver carroças no activo.
O antigo agricultor apoia a perna numa das rodas e, com destreza, sobe para a carroça e senta-se numa almofada que torna o assento de madeira mais macio. Durante os dez minutos que demora a viagem de carroça entre a sua casa e a horta é a Estrelinha que escolhe a velocidade a que quer seguir. Vai a passo. Nas calmas. Francisco Constâncio não a apressa. Segura nas rédeas e o sol bate-lhe na face tisnada. Fala da sua vida e de quando começou a trabalhar. Quando quer que a égua ande mais depressa ou devagar garante que não lhe bate. “Basta falar com ela e dar um jeitinho nas rédeas que ela obedece. É muito obediente”, revela.
O reformado está habituado a conduzir a carroça pelas estradas alcatroadas e cruzar-se com automóveis e motas. “A Estrelinha só tem mais receio quando os camiões passam por ela, de resto gosta de sair todos os dias”, conta a O MIRANTE. Chico Raiado que nunca teve automóvel. “Quando preciso sair da terra vou de táxi ou autocarro”, diz. “Só tenho carta de condução para tractores”.
Antigamente, quando trabalhava no campo, antes de comprar a primeira carroça, possuía uma junta de vacas e ia com elas para longe. A localidade de Fajarda, no concelho de Coruche, era um dos locais onde trabalhava. Levantava-se às cinco da manhã e demorava mais de três horas a chegar ao local de trabalho. Com a carroça não é muito mais rápido, mas o facto de ir sentado torna as viagens menos cansativas.
Francisco Constâncio já perdeu a conta ao número de carroças que já teve, mas garante que tem esta há mais de uma década. As rodas de madeira que se usavam antigamente foram substituídas por pneus. “Agora tenho uma carroça mais sofisticada”, brinca. Como qualquer veículo necessita de manutenção. “Quando os pneus rebentam tenho que ir à oficina para remendar”, esclarece.
Em relação à égua Estrelinha conta que não gasta dinheiro com a sua “manutenção”. Tudo o que o equino come vem da horta que possui perto de casa, onde cultiva tomates, feijão verde, couves, batatas, produz vinho, entre outras coisas. Tudo caseiro, garante. E para provar a veracidade do que diz oferece-nos um saco de tomates acabados de colher.

“Queremos mostrar aos mais novos como era a vida na nossa freguesia há 50 anos”
A Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural da Glória do Ribatejo foi criada há 24 anos. Segundo o presidente da Associação, Roberto Caneira, o seu objectivo é a recolha, estudo e divulgação do património cultural da localidade ribatejana. A direcção é composta por nove elementos. Todos os anos organizam uma exposição temática. Temas como o vinho, pão, guerra colonial e bordados a ponto cruz já estiveram em exposição no Museu da Glória do Ribatejo.
Os elementos da associação fazem a recolha do material a expor. Para a exposição “As últimas carroças” foram tiradas fotografias com os proprietários dos veículos e respectivos animais. De acordo com o levantamento efectuado existem, actualmente, oito carroças a serem utilizadas na Glória do Ribatejo. “Estamos a assistir ao fim de um ciclo uma vez que as carroças estão a ser substituídas pelos tractores. Queremos mostrar aos mais novos como era a vida na nossa freguesia há 50 anos atrás”, explica Roberto Caneira.

A banda, o convívio e a procissão … alguns empregos também davam um jeitão

A festa é bonita. A vila é a melhor do Mundo. As relações de vizinhança ainda são à moda antiga e o ambiente é tranquilo. E tudo podia ser melhor com mais empregos e alguns melhoramentos. Ficam as opiniões de quem sabe do que fala.

Podemos sempre contar uns com os outros

José Estaca, 65 anos, Glória do Ribatejo, Reformado

As festas em honra de Nossa Senhora da Glória são um motivo para José Estaca rever os amigos e conviver com eles. Ir às festas é uma tradição que José Estaca cumpre desde criança. “Enquanto puder ir não vou falhar. Aproveito para petiscar e beber uns copos enquanto converso com os amigos. Este ano não quero perder os Quinta do Bill. São dias diferentes em que sabe bem ficar na rua até tarde por causa das noites quentes”, diz.
Para o reformado o que torna a Glória a melhor terra de Portugal é a união da população, o acolhimento com as pessoas que vêm de fora. “Podemos sempre contar uns com os outros em situações mais complicadas”, esclarece. José Estaca considera que faz “muita falta” na Glória do Ribatejo emprego que estimule o desenvolvimento da freguesia. “Não existem postos de trabalho. Quem quer trabalhar tem que ir para fora e isso faz com que a vila vá ficando cada vez mais desertificada”, refere.

Fogo-de-artifício e procissão são os melhores momentos

António Modesto, 69 anos, Glória do Ribatejo, Reformado

António Modesto garante que não vai perder o fogo-de-artifício e a tradicional procissão em honra de Nossa Senhora da Glória. “São os momentos mais bonitos da festa que trazem muitos visitantes à terra”, diz. O antigo motorista afirma que vai “tentar” marcar presença no recinto das festas todos os dias para confraternizar com os amigos e divertir-se. “Se puder vou ver todos os artistas musicais”, refere, acrescentando que estas festas são muito importantes para o desenvolvimento da freguesia e também do concelho.
Um lar de idosos é o que, na opinião de António Modesto, faz mais falta à vila. “Temos um Centro de Dia, mas era importante que os idosos pudessem ficar internados, muitos não têm com quem ficar”, considera. “Somos pessoas sérias, honestas, bairristas e damos muito valor às nossas tradições”, justifica António Modesto quando questionado sobre o que torna a freguesia tão especial.

Não perco a chegada da banda e o hastear da bandeira

Laura Francisco, 73 anos, Glória do Ribatejo, Reformada

Depois de vários anos a viver no concelho de Coruche, Laura Francisco volta à sua terra natal. Este ano espera “ter saúde” para ir ver as festas em honra de Nossa Senhora da Glória. A chegada da banda da música e ver o hastear da bandeira nacional ao som do hino nacional são os momentos mais emocionantes da festa. “Também gosto muito de ver as actuações dos ranchos folclóricos”, afirma.
O bairrismo dos habitantes de Glória do Ribatejo e as suas tradições assim como a forma como são acolhedores com os de fora são, para Laura Francisco, os principais atributos que tornam a Glória uma vila “tão fascinante”. Na sua opinião faltam apenas mais espaços verdes para as crianças e idosos e um Lar a funcionar 24 horas por dia. “Em vez de estarem a fazer duas viagens diárias para irem buscar e levar os idosos eles ficavam cá de noite também”, refere.

Precisamos criar empregos na Glória

Joaquim Olaio Gomes, 63 anos, Glória do Ribatejo, Empresário

Joaquim Olaio Gomes aproveita o facto da sua casa ter vista privilegiada para o recinto das festas para observar e ouvir os espectáculos que lá se realizam. Mas nem por isso deixa de ver in loco as novidades. O empresário escolhe normalmente a noite de domingo para visitar o arraial. “Gosto muito de ver o fogo-de-artifício, os espectáculos musicais e a ornamentação das ruas”, explica, acrescentando que as festas trazem muitos “forasteiros” à vila e ajuda ao seu desenvolvimento.
Na sua opinião são as tradições muito antigas da Glória do Ribatejo e o facto de ser uma vila rural e muito calma, perto de cidades, que a tornam tão especial e única. Para Joaquim Gomes a câmara de Salvaterra de Magos devia apostar na colocação de indústria na freguesia. “Precisamos criar empregos na Glória para as pessoas continuarem a viver cá. É o que faz mais falta”, reflecte.

Não existe festa tão bonita como a nossa

António Nunes Pereira, 58 anos, Glória do Ribatejo, Cabeleireiro

António Nunes Pereira considera que é o facto de viver no campo, onde existe maior qualidade de vida que torna a vila de Glória do Ribatejo “uma das melhores” da região para se viver. O cabeleireiro garante que não perde um único dia das festas em honra de Nossa Senhora da Glória. Aproveita para estar com os amigos, petiscar e beber uns copos, apesar de garantir que este ano está mais “regrado”. António Pereira diz que não vai perder os espectáculos musicais que vão animar a vila. “Nos concelhos mais próximos não existe festa tão bonita como a nossa”, proclama.
Para António Nunes Pereira, a Glória do Ribatejo peca por ter ainda várias estradas da freguesia por alcatroar. “O Centro de Saúde é de grande utilidade, mas podia funcionar 24 horas por dia”, afirma.

Faz falta piscina, ATL e actividades desportivas

Quitéria Gregório, 51 anos, Glória do Ribatejo, Reformada

Quitéria Gregório aproveita as festas em honra de Nossa Senhora da Glória para conviver e rever os amigos e até familiares que estão longe e regressam à terra natal nesta altura do ano. A reformada confessa ser fã das festas da vila e além de conviver também gosta de dançar e ouvir os cantores que vão actuar. “Este ano os Quinta do Bill é o grupo que mais me desperta a atenção”, confessa.
Para Quitéria Gregório é a união das pessoas da terra que se conhecem “todas” e ajudam-se umas às outras sempre que é preciso que faz da Glória uma das vilas mais “castiças” do Ribatejo. Em relação ao que faz falta na freguesia, Quitéria aponta uma piscina, atelier de tempos livres e actividades desportivas para os mais novos. “Sem isto eles vão para mais longe sem necessidade nenhuma”, reforça.

Uma terra com identidade bem vincada


A origem do povoado de Glória do Ribatejo remonta ao século XIV, quando o Rei D. Pedro I manda edificar em 1362 uma igreja, como demonstra a lápide medieval ainda hoje presente na fachada deste templo. Em 1364, o mesmo monarca concede-lhe uma carta de privilégios, com enormes isenções e liberdades, com o intuito de facilitar o povoamento desta nova localidade.
Vivendo essencialmente da agricultura, pastorícia e outras actividades mais rudimentares, a Glória do Ribatejo desenvolveu uma cultura muito peculiar que sempre a distinguiu das restantes freguesias do concelho de Salvaterra de Magos.
Com uma identificação cultural muito marcante, construída no dia a dia desta população, ainda hoje é possível observar nesta povoação costumes ancestrais. Uma das razões apontadas para a preservação destes valores prende-se com a endogamia. No passado, ao evitar casamentos com outras pessoas de outras localidades, este povo conservou genuinamente os usos e costumes dos seus antepassados.
Apesar de ser assediada por outros valores, a Glória do Ribatejo soube sempre respeitar a sua identidade cultural, motivo pelo qual esta vila ainda hoje se orgulha de respirar tradição.

* Informação recolhida no site da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos - http://www.cm-salvaterrademagos.pt

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

RESCALDO DA REUNIÃO DE CÂMARA DE 18-08-2010

No período antes da Ordem do Dia os vereadores socialistas (Helder Manuel Esménio e João Manuel Simões) apresentaram uma MOÇÃO (aprovada por unanimidade) em que condenam o encerramento do balcão de atendimento da Segurança Social em Marinhais e em que apelam para que os autarcas sejam ouvidos e se procure encontrar uma solução que junte a economia de custos que se pretende e a manutenção deste serviço na freguesia [ver post anterior, que apresenta o conteúdo integral da Moção].
Os mesmos vereadores – em face do desemprego que grassa no concelho, bem superior à média nacional - recomendaram de novo à Câmara Municipal que anuncie junto dos empreiteiros e das empresas do concelho as obras que pretende lançar a concurso e os ajude a preencherem os requisitos para serem convidados. É uma forma de aumentar o seu volume de trabalho, de manterem ou de até alargarem o número de postos de trabalho.
 
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Aqueles vereadores apresentaram ainda um voto de protesto em que se insurgem com o sistemático atraso na aprovação das actas das reuniões de Câmara em total desrespeito com o que exige o artº 92 da Lei 5-A/2002 que exige a sua aprovação na sessão seguinte. Chegou-se à situação caricata de na última reunião haver 9 actas para aprovar com atrasos que ultrapassavam os 4 meses.
 
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O vereador Hélder Esménio chamou a atenção para a necessidade de corrigir no Palácio da Falcoaria de Salvaterra de Magos algumas deficiências que assinalou (ver post de 18-8-2010):
- Avaria no elevador o que impedia a visita da exposição sita no 1º andar a pessoas mais idosas ou com deficiência motora. [A Srª Presidente referiu que a avaria era pontual];
- Permanece fechado o alojamento, o restaurante e o salão de chá apesar do ajuste directo feito há muitos meses a um empresário [A Srª Presidente nada disse].
Sobre a lavagem de contentores e a limpeza de sargetas este vereador socialista fez a intervenção que se reproduz a seguir. [A Srª Presidente referiu – e cito de memória - a nossa opção é contratar duas vezes por ano a lavagem de contentores e não adquirir uma viatura].
 
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O vereador Jorge Burgal (ex-PSD) centrou a sua intervenção nas preocupações que tinha com a drenagem pluvial, designadamente em Marinhais.
O vereador César Peixe (BE) referiu que estava a preparar um local – com limpeza e vedação – junto à ETAR de Salvaterra para aí localizar os pombais que estão espalhados pela vila [Vejam a propósito o post de 3-3-2010, em que recomendávamos o envolvimento da Sociedade Columbófila local na busca de uma solução – o que esperamos tenha sido feito!]. Este vereador assinalou ainda o apoio dado às Festas e a reparação de alguns aquedutos na EM 581.
A vereadora Margarida Pombeiro (BE), entre outros, referiu que até 3 de Setembro estavam abertas as inscrições para a Universidade Sénior – ano lectivo 2010/11 e que decorria em Marinhais (até 6 de Setembro) o rastreio do cancro da mama.
Na intervenção que fez a Srª Presidente disse que a partir de 13 de Setembro, num protocolo que fez com a Ribatejana, os transportes escolares vão passar a poder transportar também a população do concelho. MAGOS BUS é o nome dado a este reforço dos transportes públicos concelhios. Assinalou ainda a falta de médicos que se verificava nas freguesias de Muge e do Granho. Destacou ainda o trabalho feito pela Comissão de Festas em Honra do Mártir S. Sebastião (Muge) e o do conjunto de cidadãos do Escaroupim que ajudaram a levar por diante a Festa do Tejo. A este voto de parabéns associou-se o vereador Hélder Esménio (PS).
O vereador Luís Gomes (BE) fez uma breve retrospectiva das posições assumidas pelo BE contra o PEC e chamou a atenção para o facto de se começar a temer o encerramento do Posto de Saúde dos Foros de Salvaterra.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

MOÇÃO DE CONDENAÇÃO DO ENCERRAMENTO DO BALCÃO DA SEGURANÇA SOCIAL EM MARINHAIS


Os vereadores do Partido Socialista (Helder Esménio e João Manuel Simões) apresentaram hoje, dia 18-8-2010, na reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, uma MOÇÃO (aprovada por unanimidade)deixando bem clara a sua posição CONTRA o encerramento do balcão de atendimento da Segurança Social em Marinhais.  O seu texto integral é:
A inesperada decisão da Direcção Regional da Segurança Social de Santarém de encerrar o balcão de atendimento que tinham na freguesia de Marinhais apanhou de surpresa os autarcas do município de Salvaterra de Magos e a sua Junta de Freguesia.
Não serve de consolo sabermos que a medida administrativa de encerramento, adoptada por aquela Direcção Regional, se repetiu na maior parte dos concelhos da Região.
É para nós inaceitável que medidas com este impacto, essencialmente nas populações das freguesias de Marinhais e de Muge, mas com reflexos também para os que residem no Granho e na Glória do Ribatejo, possam ser assumidas sem comunicação prévia às autarquias envolvidas e sem se procurar encontrar – em parceria com elas - uma alternativa funcional credível.
Não é admissível que, em nome da necessária redução da despesa pública que todos pagamos, se possa simplesmente “apagar” um serviço que serve uma dezena de milhar de pessoas, tem um atendimento diário importante, obrigando todos aqueles que já têm dificuldades financeiras a deslocar-se à sede do concelho, com o acréscimo de custos financeiros que isso exige.
Nestas circunstâncias a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, reunida no dia 18 de Agosto de 2010, condena - o puro e simples - encerramento do balcão de atendimento da Segurança Social que existia na freguesia de Marinhais e apela àquela Direcção Regional, ou a quem a tutela, para se disponibilizarem a encontrar uma solução alternativa – em diálogo com o poder local – que permita reduzir encargos mas mantenha a prestação deste serviço em Marinhais.
Os vereadores do Partido Socialista propõem que esta moção seja enviada à Comunicação Social, à Assembleia Municipal e às Juntas de Freguesia do nosso concelho, ao Governo Civil do Distrito de Santarém, à Direcção Regional da Segurança Social de Santarém e ao Ministério do Trabalho.
 
A esta iniciativa dos vereadores socialistas deve adicionar-se o ofício enviado pela Srª Presidente da Junta de Freguesia de Marinhais (Fátima Gregório) ao Centro Regional de Segurança Social de Marinhais solicitando a busca de uma alternativa que permita a continuidade do serviço, bem como os ofícios enviados pela Cãmara Municipal de Salvaterra de Magos à mesma entidade e à tutela (Ministra do Trabalho).
 

PALÁCIO DA FALCOARIA


Numa recente visita que fiz ao Palácio da Falcoaria constatei que muitos meses após a sua inauguração está sem funcionar (nunca terá funcionado ao que me dizem) o elevador que garante o acesso a todos quantos tenham mobilidade condicionada ao piso elevado do Palácio, onde se situa a exposição permanente.
É lamentável que – tal como sucedeu naquele dia – as pessoas idosas com mais dificuldades motoras não possam visitar a principal exposição de um edifício que se quer emblemático da história de Salvaterra de Magos.
Já peca por tardia a resolução de um problema que discrimina cidadãos!...


Constatei ainda que as brochuras que se encontram no local além de terem os telefones do município antigos, um ou outro erro ortográfico, apenas divulgam o património que existe na freguesia de Salvaterra de Magos esquecendo que o concelho tem mais 5 freguesias. Devia estar disponível um roteiro turístico concelhio.


Surpreendente é ter confirmado, apesar da oportuna crítica do antigo vereador Vasco Feijão (CDU), que se mantém no final do documentário projectado no auditório daquele Palácio, a indicação (não apenas de quem realiza o documentário) de que a coordenação geral (seja lá isso o que for!) esteve a cargo de Ana Cristina Ribeiro. Egocentrismo?! Narcisismo?!...

terça-feira, 17 de agosto de 2010

AINDA AS FESTAS DA GLÓRIA do RIBATEJO


Nesta edição de 2010 das Festas em Honra de Nossa Senhora da Glória, a Associação para a Defesa do Património Etnográfico e Cultural da Glória do Ribatejo vai inaugurar, no Museu de Etnografia, no próximo sábado dia 21 de Agosto, pelas 17 horas, a exposição: As últimas carroças da Glória do Ribatejo.
O Museu estará aberto ao público - nos dias das Festas - no seguinte horário:

• Sábado (21/8/2010) – das 17 h às 20 h e das 21.30 h às 24 h;
• Domingo (22/8/2010) – das 19 h às 20 h e das 21.30 h às 24 h;
• 2ª feira (23/8/2010) – das 17 h às 19.30 h e das 21.30 h às 23.30 h