quinta-feira, 25 de novembro de 2010

PRESIDENTE DA JUNTA DE MARINHAIS PÕE OS PONTOS NOS ii

Edição de 18-11-2010
Presidente da câmara referiu que a junta de freguesia “podia ter feito qualquer coisa” para evitar esse desfecho

Junta de Marinhais diz que não tinha meios para evitar fecho do mercado

Recinto, que possuía apenas dois vendedores em permanência, foi mandado encerrar pela ASAE por falta de condições de higiene e segurança.

A presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Ana Cristina Ribeiro (BE), diz que o actual executivo da Junta de Freguesia de Marinhais, que assumiu a gestão em Outubro de 2009, “poderia” ter feito “qualquer coisa” para evitar o encerramento do Mercado Diário de Marinhais. O espaço foi fechado pela Autoridade de Segurança Alimentar Económica (ASAE) no dia 29 de Outubro, por falta de condições de higiene e segurança.
“É verdade que existiram outros mandatos e que a degradação aconteceu ao longo dos anos, mas a Junta de Marinhais podia ter apresentado um projecto de recuperação para o mercado. Havia essa possibilidade, mas não foi feito”, disse Ana Cristina Ribeiro na última reunião do executivo.
Contactada por O MIRANTE, a presidente da Junta de Marinhais, Fátima Gregório (PS), refuta as acusações da presidente do município lembrando que a dívida que a junta tem à Segurança Social “condiciona muito” o seu trabalho. “A situação não é tão fácil quanto a senhora presidente diz. Enquanto tivermos a dívida à Segurança Social, contraída pelo anterior executivo liderado pelo Bloco de Esquerda, não nos podemos candidatar a projectos financiados pelo Estado, e este seria um deles”, refere a autarca.
E acrescenta: “Apesar da gestão do mercado diário ser responsabilidade da junta acho que compete à câmara as obras de grande envergadura. A junta não tem capacidade financeira para suportar a dimensão das obras que terão que ser ali realizadas. É quase como construir um edifício novo”, realçou Fátima Gregório, acrescentando que “aguarda” a reunião com a presidente da autarquia para decidirem o que fazer.
Fátima Gregório recorda ainda que a primeira obra que realizou assim que assumiu a presidência da junta foi remodelar os sanitários públicos do mercado diário. “Fizemos um esforço financeiro. Durante anos ninguém se preocupou em pintar, em melhorar, em fazer alguma coisa. As culpas não podem ser imputadas a nós. Um ano é muito pouco tempo para pensarmos e avançarmos com uma projecto, ainda por cima com a preocupação da enorme dívida que temos”, salienta.
Ana Cristina Ribeiro diz que o “mais importante” é resolver os problemas dos vendedores que lá trabalhavam e decidir o que fazer no edifício do mercado diário.
A ASAE referiu, no seu relatório, que o pavimento do mercado, em mosaico picotado, já não está em condições, a câmara de frio está degradada, as estruturas das bancadas não são as adequadas, existem azulejos das paredes partidos e a cobertura em chapa de fibrocimento também não é a adequada. O mercado de Marinhais era ocupado por dois vendedores permanentes e dispunha de um talho e de uma banca de peixe que funcionavam apenas ao fim-de-semana.

4 comentários:

  1. Bom dia.

    Ainda não percebi,o porquê gastar dinheiro no mercado, se só tem lá dois vendedores. A isto é que se chama dinheiro bem aplicado. Depois não se admira, Sr. Hélder Esménio, se o passivo da Câmara aumentar.

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  2. A presidente da junta de Marinhais, recebe a tempo inteiro da junta, mas dá ideia que trabalha no jornal O MIRANTE.
    Esperamos que ao seu ordenado não se comece a juntar uma enorme despesa de publicidade naquele jornal.

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  3. Relativamente ao anónimo das 16.43 importa referir que a posição que assumi foi expressa na reunião de Câmara de 10 de Novembro de 2010 -muito antes desta notícia no jornal - pelo que lhe recomendo a leitura do post de 11 de Novembro onde ela está transcrita na íntegra. Ficará, se o fizer, a saber o que penso sobre o assunto.

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  4. Relativamente ao anónimo das 17.21 fica bem evidente a incomodidade que sente com uma singela entrevista da Srª Presidente da Junta de Freguesia de Marinhais.
    É dever de um autarca eleito - pelo menos para os que assumem práticas democráticas - manter por todos os meios possíveis a população informada, não lhe sonegando informação.
    A Junta de Freguesia de Marinhais não gastou desde as últimas eleições autárquicas um cêntimo em publicidade na imprensa local e regional, onde se inclui aquele semanário. A necessidade de fazer face às dívidas deixadas pela gestão BE não deixou margem para investir na difusão da freguesia e vila de Marinhais. É curiosa a sua preocupação pois foi este executivo que teve de pagar mais de 2.000 euros de publicidade a jornais, dívida contraída e não paga pela maioria BE no ano das eleições (2009).

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