quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

AS EXTENSÕES DE SAÚDE DE MUGE E DO GRANHO

(Extensão de saúde de Muge)

Estão agora vazios os dois equipamentos de saúde de Muge e do Granho, concelho de Salvaterra de Magos, pertencentes às freguesias mais afectadas com a falta de médico. É uma situação a todos os títulos lamentável.

(Extensão de Saúde do Granho)

A entrada em vigor do Decreto-Lei 89/2010, de 21 de Julho, visava evitar que médicos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) continuassem a solicitar a reforma antecipada e depois voltassem a trabalhar a contrato para o SNS, através de empresas prestadoras de serviços, auferindo até vencimentos superiores àquele que antes tinham. Todos percebemos que o erário público, os nossos impostos, não conseguem pagar uma reforma antecipada e um novo ordenado para a prestação de um serviço que antes custava um ordenado. Ainda mais quando se corria o risco daquela situação - de duplo rendimento (reforma mais ordenado) – incentivar uma debandada generalizada de médicos do SNS.
Não podemos pois deixar de voltar a manifestar a nossa concordância com o “espírito” daquele diploma legal, pois é necessário normalizar - e até moralizar - esta questão das remunerações dos médicos que trabalham no (ou para o) serviço público.
Do que discordámos - e referimo-lo em moção que foi aprovada na reunião de Câmara do dia 15 de Setembro deste ano (ver post, neste blog, de 16-09-2010) – é que esta legislação pudesse ter, de algum modo, efeitos retroactivos. Ou seja, a legislação não devia abranger as situações em que os médicos já se tinham reformado antes da data da sua entrada em vigor o que permitiria que aqueles clínicos pudessem continuar a exercer as funções que já faziam no SNS, como acontecia com o Dr. Santos Gonçalves nas freguesias de Muge e do Granho. Infelizmente esta possibilidade não foi atendida o que levou à saída do médico.
Os autarcas daquelas freguesias, antecipando o problema, contactaram a Associação dos Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, tendo-lhes sido garantido pela sua responsável (a Drª Luísa Portugal) que seria colocado um outro profissional naquelas extensões de saúde. Infelizmente, até ao momento, isso não sucedeu. Lamentável.
Perante o arrastar do problema, com prejuízo para mais de duas mil pessoas residentes no nosso concelho, não podemos deixar de reafirmar o que sempre temos dito, é mais fácil e mais barato deslocar um médico às freguesias do que levar as freguesias a um médico. TUDO FAREMOS PARA AJUDAR A RESOLVER ESTE PROBLEMA.

3 comentários:

  1. Convem referir que houve uma sessão publica promovida pelo PCP em que esteve presente o unico deputado eleito por aquele Partido na AR, resta saber porque não o fazem os outros eleitos pelo nosso circulo eleitoral

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  2. Um anónimo enviou o seguinte endereço electrónico: http://www.agenciafinanceira.iol.pt/economia/pensoes-salarios-governo-oe2011-agencia-financeira/1215493-1730.html

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  3. Em relação ao primeiro comentário acrescento que também houve deputado(s) BE que contactaram a Drª Luísa Portugal a propósito deste tema da saúde.
    Daremos também brevemente pública nota de outras iniciativas dos autarcas socialistas do concelho com vista a ajudar na resolução deste problema.
    Infelizmente erros de muitos anos nas admissões aos cursos de medicina conduziram-nos a este estado de coisas!

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