Nuno Miguel Silva
O novo aeroporto internacional de Lisboa, programado para o Campo de Tiro de Alcochete, deverá render ao País mais do dobro do que irá custar, assegura a Naer, empresa pública responsável pelo projecto. Segundo o comunicado ontem divulgado pela Naer, a propósito da aprovação da DIA - Declaração de Impacte Ambiental, "o rácio benefício/custo é de 2,3, ou seja, o benefício é mais do dobro do custo do projecto".
A PriceWaterHouseCoopers (PWC) actualizou recentemente a análise custo-benefício deste projecto, com base nas novas condições de mercado após a crise financeira, como as taxas de juro, e confirmou a viabilidade da infra-estrutura. Segundo a PWC, o novo aeroporto terá uma taxa de rentabilidade económica de 9,8%, atingindo um valor actual líquido económico 2.643 milhões de euros até 2050, que corresponde ao benefício líquido estimado que o projecto criará para a sociedade. Já o valor actual líquido estimado dos benefícios do projecto é de 5.275 milhões até 2050.
Entre os benefícios, está a eficiência aeroportuária (menos atrasos para companhias aéreas e passageiros, redução dos custos de ‘handling' e aumento do conforto), e redução de emissões poluentes e de ruído.
Os estudos da PWC e da Naer concluem que, se não for construído o novo aeroporto, Portugal perderá 290 milhões de passageiros entre 2018 e 2050, uma quebra média de 8,8 milhões de passageiros/ ano.
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