segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ESTRAGAR COM OS PÉS O QUE SE CONSTRÓI COM AS MÃOS


Todos estaremos certamente de acordo em dotar o concelho de Salvaterra de Magos de viaturas que permitam o transporte de doentes que tenham mobilidade condicionada.
Todos estamos certamente de acordo que possam existir veículos privados, táxis com plataformas elevatórias, para além das viaturas com as mesmas características pertença das Associações Humanitárias e dos Bombeiros.
Onde já não estamos todos de acordo é que - do pé para a mão - se decida abrir concurso para mais 6 licenças de táxi - actividade que, por força da lei, é regulada pela autarquia - aumentando em 40% o número de licenças até ao momento disponíveis (quinze), o que vai fazer perigar - se houver concorrentes para todas essas licenças - a subsistência económica destes empresários locais.
Onde já não estamos todos de acordo é que - sem falar com as Associações, sem contactar aqueles cidadãos que investiram no concelho, adquirindo uma viatura de transporte de pessoas - a Câmara Municipal não tenha ponderado o dano que uma decisão destas pode causar, até porque o mercado de transporte de passageiros não cresceu e vem sendo servido pelo conjunto de agentes que já prestam esse serviço. Este facto justificaria, na nossa opinião, se optasse por um aumento de licenças mais gradual para não desregular a actividade.  Por esta razão na última reunião de Câmara propusemos que o incremento fosse, numa primeira fase, de duas novas licenças de transporte de passageiros, uma servindo de mais perto as freguesias de Muge, Granho, Glória e Marinhais e a outra licença cuidando das freguesias dos Foros e de Salvaterra.
Infelizmente a decisão da maioria não foi essa, resta-nos aguardar que os empresários sejam mais contidos, antecipem os problemas que podem surgir e não esgotem as licenças postas a concurso.

A edição semanal do jornal O MIRANTE acessível em  http://semanal.omirante.pt/ na secção Sociedade noticia esta questão.

(clique em cima para visualizar melhor)


2 comentários:

  1. lamento eng. mas não percebo a sua preocupação, parece um pouco excessiva!!... estrnho é eu querer ser taxixta e nã poder por falta de licenças.. onde fica a livre escolha??! e iniciativa privada??!!... se alguém quer ser taxista..e precisa de uma licença.. qual é o problema.. concorrência??!! posso abrir um café??!! uma loja de piriquitos!! posso!! mesmo que existem 7000 ao lado umas das outras.. (o problema é meu).. porque não posso ter um taxi??!!..Se fosse um mais um hipermercado ainda podia achar que fazia sentido..

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  2. Não leu bem o post caro(a) anónimo(a).
    - É a Lei que exige sejam as Câmaras a regular esta actividade.
    - É a Lei que exige sejam as Câmaras a fixar o número de licenças para táxis.
    - Da mesma forma que a Lei que fixa o número de farmácias.
    - Da mesma forma que é a Lei que fixa o número de canais televisivos ou o número de estações de rádio local.
    SE A LEI ESTÁ MAL MUDE-SE A LEI. Não me custa a aceitar essa decisão.
    O que já me custa aceitar é que numa actividade em que as regras são fixadas pela autarquia, que são do conhecimento dos investidores e dos potenciais empresários, se alterem repentinamente as regras, correndo-se o risco de a decisão de investir (e fazer disso profissão) tomada num determinado contexto já não ser válida noutro contexto.
    Eu falo de justiça e respeito pelos 15 profissionais/empresários locais. Defendi mais 2 licenças para permitir a entrada de outros, contudo mais 6 licenças é, na minha opinião, uma "traição" à confiança que quem investe deve ter nas instituições públicas!...

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