sexta-feira, 15 de abril de 2011

VAMOS A VOTOS (artigo de opinião)


Sem entusiasmo lá vamos de novo a votos! Os políticos esperam que a combinação de votos em cada uma das forças partidárias dê o(s) arranjo(s) pós-eleitoral que os próprios não foram capazes de operacionalizar.
Tem sido evidente a dificuldade e/ou a indisponibilidade de uns e outros para governar. Creio que ainda há entre nós quem julgue que tudo isto não passa da (mera) má-vontade da acção governativa, tantas as críticas a esta oriundas  nas diversas opções que compõem o nosso espectro partidário!
Os portugueses que elegemos, aqueles que nos representam, conseguiram adicionar uma crise política, a uma crise económica com reflexos sociais (desemprego, saúde, etc) cujas consequências não conseguem prever. São estas peculiaridades que antes apenas surpreendiam os nossos parceiros e "os mercados", mas que agora também já conseguem suscitar apreensão entre os nativos, entre muitos dos representados.


Como podemos colectivamente pensar vir a conseguir sair das areias movediças em que nos encontramos, quando em vez de nos unirmos num caminho, mesmo que não seja o mais curto, preferimos saltitar de um trajecto para outro, como se fosse possível atalhar, adiando decisões, contestando e anulando outras?!
Resta-me desejar, por analogia à resistência dos materiais,  que a plasticidade da economia consiga evitar o desmoronamento do País que edificámos ao longo de quase um milénio!

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