sexta-feira, 6 de maio de 2011

ENGUIAS. ELEITORALISMO. (DES)INVESTIMENTO.


A imagem acima não é apenas a reprodução de uma enguia, até porque o Mês da Enguia já terminou, é também muito semelhante ao gráfico abaixo que nos mostra a evolução do investimento municipal ao longo dos últimos anos da gestão BE (escorregadio como uma enguia!...).


Os pontos altos do gráfico correspondem aos anos em que a Câmara fez mais investimento em obras. Se olhar com alguma atenção perceberá que nos anos das eleições (2005 e 2009) o valor do investimento chega a ultrapassar o triplo daquele que é feito nos anos em que não há eleições. Ou seja, a maioria BE em vez de distribuir o investimento municipal ao longo do mandato – o que poderia antecipar a realização de algumas obras, beneficiando as populações – prefere concentrar num único ano – o das eleições – a maior parte do investimento.


À crítica de evidente eleitoralismo, comprovada pelos números da própria Câmara, a resposta da liderança BE é a coincidência dos actos eleitorais com a evolução dos ciclos do financiamento da União Europeia. A este propósito - e desmentindo a justificação apresentada - recorde-se que o QREN percorre o período 2007-2013. Neste mesmo período o investimento municipal tem oscilado como se indica.


Mais palavras para quê?! Que cada um tire as suas conclusões!...

2 comentários:

  1. Amigo Helder peço desculpa mas parece-me que se esqueceu que em 2010 o PEC limitava a divida das câmaras a zero.
    Espero ter dado a minha modesta contribuição para o seu blog. obrigado

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  2. É verdade que as dívidas não podiam aumentar, mas infelizmente também é verdade que o que aconteceu agora já sucedeu em 2006 e 2007, nessa altura sem PEC's. Todos sabemos, mesmo que o queira negar, que esta é, desde sempre, a estratégia da actual gestão camarária - concentrar todos os investimentos nos anos eleitorais dando às populações uma falsa ilusão de dinâmica que depois não se mantém.

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