segunda-feira, 1 de agosto de 2011

AFIRMAÇÕES QUE PREOCUPAM

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Para além deste recorte que respeita à edição on line do jornal O FUNDAMENTAL, os que quiserem podem ouvir as intervenções produzidas sobre este tema na última reunião de Câmara, bastando para isso aceder à página da RÁDIO MARINHAIS disponível em: http://www.radiomarinhais.info/htmls/artigos/EFEEkuEZEkezMjDaGG.shtml.

É mau termos um responsável autárquico, há quase 14 anos no Poder, que ainda não percebeu que o aumento da população no seu concelho e na Lezíria do Tejo se deveu essencialmente ao facto de os concelhos mais próximos da Área Metropolitana de Lisboa reunirem cumulativamente diversas vantagens - terrenos e casas mais baratas que apartamentos em Lisboa, as pessoas poderem viver em moradias em vez de em edifícios em altura e são locais com bem menor densidade populacional que a Área Metropolitana. Aquí o tráfego automóvel é muito intenso, as pessoas gastam horas em deslocações, e algumas preferem viver na periferia dessa Área pois os acessos são bons, levam tanto ou menos tempo a deslocar-se para os locais de emprego e podem ter melhores condições habitacionais.
A preocupação com "a visão" daquela autarca cresce quando define como a principal razão das pessoas para aqui viverem, mérito seu e da sua equipa, a "qualidade de vida e o desenvolvimento que imprimimos ao concelho". Se assim fosse não seria seguramente a freguesia dos Foros de Salvaterra que as pessoas escolheriam. Ali ainda não há redes de esgotos, não há espaços ajardinados nem jardins, não vão ter Centro Escolar, ainda não têm pavilhão Desportivo, nem sequer dispõem de um centro urbano claramente definido com serviços e comércios. No entanto foi esta a freguesia que mais fixou população no concelho. Talvez isso se deva antes ao facto de terem terrenos, estarem disponíveis para os comercializar, ficarem mais perto da Área Metropolitana de Lisboa, do acesso à A13 e da ponte da Lezíria.
Marinhais, ainda que mais distante, foi a segunda freguesia que mais cresceu, também pela variada oferta de terrenos e de moradias com as características e o preço que algumas pessoas procuram. Em terceiro lugar no pódio das freguesias que mais fixou população no concelho, temos Salvaterra de Magos, pois beneficia muito da proximidade àqueles acessos mas tem bem menor oferta habitacional e soluções menos variadas que aquelas duas freguesias.
O cúmulo do distanciamento da realidade que aquela afirmação da autarca revela, independentemente do esforço pessoal que tenha ou não feito para melhorar as condições de vida dos que aqui residem, é o facto de aqui não terem sido criados locais bem localizados para fixar empresas, escasseiam os empresários, há um desemprego que ultrapassa largamente a média do País e do que se regista nos concelhos vizinhos, aqui não há uma política cultural, não há salas de espectáculos, etc. Ou seja, se as pessoas para aqui vêm não é provavelmente a razão principal a acção da autarquia.
Aliás se a interpretação daquela autarca colhesse todos os autarcas do interior teriam de ser depreciados pois não conseguiram estabelecer nos respectivos concelhos condições para evitar a migração das suas populações para o litoral e para junto das Áreas Metropolitanas. Não creio que fosse intenção da Srª Presidente de Câmara criticar 2/3 dos autarcas portugueses!...

1 comentário:

  1. Qualidade de vida e desenvolvimento???

    Em que aspectos???assim de repente não me ocorre nada... Estarei com problemas de memória?!?!eheh

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