quarta-feira, 14 de setembro de 2011

CONTRADIÇÕES BE?!...


Consultado o jornal on line "Esquerda.Net" - cujo recorte se publica a seguir - podemos ler a muita preocupação que o Bloco diz ter, há já vários anos, com todos os que são trabalhadores precários. Vimos também que nos precários se incluem todos os que estão a recibo verde e com contratos a prazo.

(clique em cima do recorte para o ler melhor)

Este ano, na altura do Carnaval , o BE colocou um pouco por todo o lado cartazes denunciando a precariedade no emprego, precisamente na mesma altura em que a única autarquia que gerem, tinha ainda cerca de 25% dos seus trabalhadores em contratos a prazo. Curiosa contradição!


Durante anos a fio muitos dos trabalhadores da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos foram mantidos a contrato a prazo, sem possibilidade de ascenderem nas respectivas carreiras, sem direito a progredir, em nome de uma estratégia de submissão pessoal à liderança camarária QUE TUDO PODE. Muitos são os exemplos daqueles que antes de conseguirem "entrar no quadro" se arrastaram penosamente 4, 5 e 6 anos numa situação de precariedade imposta pela maioria BE, quando o seu lugar - como se veio a provar mais tarde - já era inequivocamente necessário e em carácter de permanência.
Entretanto, sabendo-se que algumas das medidas de diminuição do défice do País passam pela redução da despesa pública, e temendo que esses trabalhadores - há muito a contrato a prazo (precários) - vissem expirar o prazo dos seus contratos sem poderem ingressar no município por limitação legal, aquela liderança BE desata a criar à pressa novos lugares - mais de 60 - no Mapa de Pessoal da autarquia, lançando concursos e esperando que a maior parte desses precários vençam esses processos concursais.
Durante mais de uma década a governação da Câmara Municipal, eleita em listas BE, não quis resolver este problema, preferiu manter os trabalhadores em "stand-by", e só por temor às críticas que recolheriam se aqueles acabassem massivamente afastados dos seus empregos é que deu a mão à palmatória. Já não era sem tempo!

8 comentários:

  1. Estes concursos são uma farsa e quase que até me apetece dizer que são ilegais. Estavam destinados a pessoas, familiares ou amigos do BE, ou pessoas que pagaram favores ao BE há até elementos que integraram a lista do BE do Granho e de Muge. E isto é tão fácil de comprovar.
    Mas o mais injusto e que está a criar alguma revolta nos funcionários da Câmara é o facto de uma funcionária ter ingressado recentemente no quadro com uma categoria diferente auferindo um ordenado superior aos restantes.
    Este facto é injusto para todos trabalhadores da Câmara que começaram a sua carreira sem receber estas benesses.
    Tudo isto cria revolta e mau estar nos funcionários como é óbvio.

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  2. Mas o Bloco de Esquerda existe em Salvaterra? Alias pergunto mesmo se o Bloco de Esquerda existe em portugal, ou se não foi tudo uma ivenção mediática criada pelo lobby jornalista de Lisboa?
    Em Salvaterra ficou mais que provado que não passou de uma barriga de aluguer que serviu os interesses de uma pessoa e do seu grupo mais proximo em 2001 mas que com o passar dos anos e com o poder na Câmara se foi renovando e hoje temos poucos ex-comunistas resignados, mais e muitos mais ex-socialistas que por interesse já não o são, tal como psds que estão ao serviço do BE! Este BE é uma fantochada veja-se o caso do vereador Luis Gomes e da sua comissão concelhia.
    Desejo profundamente a extinção deste BE em Salvaterra e o reaparecimento de um PS e de uma CDU fortes que discuta e leve a bom porto os interesses do Concelho!

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  3. Essa funcionária por acaso não é nora do vereador Manuel Neves? Ele há grande coincidencias, não há?

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  4. Não estando neste ponto a querer defender a CMS e muito menos quem está à frente dela, deixem-me fazer uma pergunta:
    Será que não é preferivel termos contratos a prazo, ou a recibos verdes do que não ter trabalho?! Eu relamente prefiro ter trabalho...

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  5. Percebo, a maior parte de nós prefere trabalhar a não ter nada que fazer.
    Defendo o fim dos recibos verdes é uma vergonha para todos que se use esse expediente para pagar a pessoas que têm um vínculo permanente a uma qualquer empresa.
    Aceito que possam existir trabalhos a termo certo (a prazo) por um período que se considere razoável, mas a sua eternizarão além de contrariar a lei é um expediente que em muitos casos visa a submissão dos trabalhadores ao livre arbítrio de entidades patronais ainda mais quando estas se movem por imperativos políticos e não de avaliação do mérito pessoal e profissional.
    Termino lembrando-lhe o conteúdo do post, não pode um Partido ser contra a precariedade nos termos em que o faz e depois permitir-se arrastar durante anos a fio os trabalhadores que trabalham na única Câmara que governam!...

    O que não se percebe é que por um lado se

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  6. Em relação ao comentário anónimo das 13:54 (de ontem).
    Tomando como verdadeira a sua observação, chamo no entanto a sua atenção para o facto de que tem sido estratégia da liderança BE manter os trabalhadores que ingressam no município de Salvaterra de Magos, durante 4, 5 e 6 anos a contratos a prazo. É assim levada ao limite uma situação de precariedade que não se justifica, pois quem está tanto tempo no mesmo emprego é porque a sua função é de carácter permanente e já provou que tem capacidade para o exercício da função pois, se assim não fosse, não veria os seus contratos a prazo renovados.
    Daqui resulta - é essa a minha convicção - que aqueles seres humanos ficam a contrato até à exaustão, sempre dependentes dos "humores" da liderança BE da Câmara Municipal. Sempre com a sua vida pessoal nas mãos de uma decisão que intencionalmente se atrasa.
    Estes trabalhadores ficam durante todos esses anos se vão ou não ser "descartados", não têm direito a progressões e/ou promoções.
    Finalmente, com a elaboração do contrato de trabalho individual a tempo indeterminado (para o "quadro"), a legislação em vigor na altura permite que estes funcionários possam não continuar a ser mais prejudicados, admitindo a negociação do escalão remuneratório em que vão entrar, pois é injusto que ingressem na carreira pelo escalão mais baixo, uma vez que já têm vários anos de experiência.
    Este deve ser o critério da Câmara Municipal, como pessoa de bem, não prejudicar (mais) os seus colaboradores, sejam eles (ou não)politicamente próximos dos gestores políticos. Se assim for COM TODOS os que estejam nas mesmas condições, o que nos transmite, caro anónimo, não nos suscita qualquer reparo.

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  7. Estamos a referir-nos a quem? Ao concurso lançado para Marketing e Publicidade para a CMSM (!!!) com o objectivo de vir a ser atribuido ao actual adjunto daniel rabita, congelado, e posteriormente ocupado por essa individualidade após a saida da anita?
    Isto é lastimável

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  8. A pessoa de que fala no seu comentário não é funcionário da autarquia, logo não está a contrato a prazo como aconteceu a tantos outros trabalhadores do município que esperam e desesperam pela efectivação do seu contrato.
    O adjunto da Srª Presidente exerce um lugar de escolha política, o qual cessa com o fim do mandato da autarca.
    Os vereadores socialistas já o disseram claramente em reunião de Câmara, perante as dificuldades financeiras da autarquia e as necessidades que esta tem, as prioridades não podem ser a contratação para "o quadro" do município de alguém da área do marketing e da publicidade, seja esse lugar para quem for!... (Ainda mais quando para esse lugar o "escolhido" não teve de passar como tantos outros pelos contratos a termo certo/ a prazo?!...).

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