Com muitas ausências - estiveram apenas 13 dos 27 membros da Assembleia Municipal e os vereadores Manuel Neves e Margarida Pombeiro, ambos BE, Helder Esménio e João Manuel Simões, ambos PS e Jorge Burgal, ex-PSD - decorreu ontem de manhã a Sessão Extraordinária da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos evocativa do 101º aniversário da implantação da República em Portugal.
Ainda que num auditório quase vazio, intervieram os deputados Domingos Lobo (CDU), João Filipe (PSD). Marco da Raquel (PS), Marco Domingos (BE), Francisco Cristóvão (Presidente da Assembleia Municipal) e Manuel Neves (Vice-Presidente da Câmara). Reproduz-se seguidamente a intervenção do Sr. Presidente da Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos.
Exmos. Senhores Deputados Municipais
Exma. Senhor Vice-Presidente da Câmara Municipal
Exma. Senhora Vereadora
Exmos. Senhores Vereadores
Público Presente e Comunicação Social
Encontramo-nos aqui reunidos em sessão solene, para comemorar a importância do 5 de Outubro de 1910, na abertura do caminho para a construção de uma sociedade Republicana e Democrática permitindo ao povo, pela primeira vez, o direito soberano de escolher os seus representantes.
Assim, aqueles que honraram o ideal republicano merecem o nosso respeito e memória e todos devem ser tidos como referência, na procura de um país mais justo e equitativo.
A Constituição Republicana de 1911, pretendeu reconhecer muitos dos direitos que o povo reclamava e aspirava, alargando a sua acção a favor dos mais desfavorecidos e desprotegidos.
É indiscutível que o regime republicano desenvolveu progressos na sociedade, muitos foram os avanços civilizacionais, nomeadamente na educação e direitos cívicos.
O 5 de Outubro de 1910 marca o início de um novo regime republicano e democrático, interrompido pelo golpe militar de Maio de 1926 e reconstruído após o longo período da ditadura do Estado Novo, por força da Revolução de Abril.
Um regime político democrático que devemos aperfeiçoar todos os dias, fundado em novos valores, apostado em alterar profundamente a relação entre o cidadão e a política, onde deva prevalecer o interesse público sobre os interesses particulares, numa República que se quer moderna e solidária, com políticas de cariz social e económico, políticas que favoreçam e não agravem as desigualdades sociais assentes nos valores republicanos, de acordo com as exigências do tempo presente e futuro.
Viva a República
Viva Portugal
(Francisco Cristóvão)
Ainda que já com algum atraso, pelo envio tardio do documento, reproduz-se também a intervenção proferida por Marco da Raquel, deputado municipal eleito pelo PS, na mesma Assembleia Municipal.
(clique em cima do texto para o ampliar)
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