quarta-feira, 19 de outubro de 2011

SONOLÊNCIA(S)

Estamos confrontados com a necessidade de encarar a realidade que vai condicionando e limitando a qualidade de vida que, em média, já tivemos. Ninguém pode aceitar tranquilamente a diminuição do seu nível de vida, a redução de direitos laborais, o despedimento, a falta de empregos e as dificuldades que os jovens têm para assumirem projectos de vida em família.
Estamos emparedados! Já percebemos que sem financiamento externo não temos sequer dinheiro para vencimentos ou pensões e de que mais rápido do que se julga chegaríamos à bancarrota. Já sabemos que vamos ter de regredir na dimensão do(s) serviço(s) público(s), isto se quisermos "salvar" algum. Já acreditamos que muitas das nossas certezas de ontem, estão hoje a ser questionadas!
Mas, enquanto isso,  vamos sofrendo na pele, dia-a-dia, as mazelas que essas medidas de contenção orçamental provocam. Todos protestamos, todos temos as nossas razões e motivações, os - de entre nós - de discurso/postura mais frontal (e/ou radical) fazem manif's e falam em revolta. Há-os que já se insurgem com os seus concidadãos, apelando a que se levantem, não calem e não sejam "carneiros", vaticinando que daqui a um ano estamos como a Grécia.



E aqui chegados em que acreditar?! Em quem confiar?!
Os radicais clamam por uma revolução popular a nível nacional e internacional, os governantes pedem-nos sacrifícios e afiançam que a redução do peso so sector público é indispensável para salvar a economia. Somos tentados a gritar e muitos fazem-no, mas a maior parte de nós quer apenas justiça, equidade/proporcionalidade no esforço de cada uma das famílias (ou das empresas). 
Se assim suceder e voltarmos a ter esperança, é provável que consigamos, em conjunto, ultrapassar esta fase, infelizmente já não estou tão seguro disso como já estive e, a acontecer, não vai ser tão rápido quanto todos o desejaríamos!...

2 comentários:

  1. Chegou a "conta". agora temos que trabalhar mais, ter mais ideias, ter mais soluções, é preciso resolver mais, é preciso fazer mais, e tudo isto com menos dinheiro, menos tempo, com menos pessoas e com menos vontade, ma stem que ser feito. Por nós, pelos nossos pais, pelos nossos filhos, pelo nossos netos. De outra forma não vamos lá. Não vi ningúem reclamar por se investir ou gastar dinheiro, ninguém disse "basta de gastar dinheiro".. agora chegou a conta, e que Deus nos ajude a paga-la rápidamente.

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  2. A culpa não é dos trabalhadores, (que produzem efectivamente)! A crise só tem um rosto, politicos e economistas. Politica corrompida pelo capital economico!

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