quarta-feira, 9 de novembro de 2011

DOIS CAMINHOS. QUAL ESCOLHER?!...


Com o encerramento definitivo das extensões de saúde de Muge e do Granho, a Câmara Municipal aprovou unanimemente uma moção em que se insurge com essa decisão e com a contradição da principal responsável do ACES da Lezíria, Drª Luísa Portugal (numa foto abaixo), uma vez que tinha assumido junto dos autarcas que as reabriria com a chegada de novos(as) médicos(as) oriundos(as) da América Latina. 
Infelizmente agora é dado o dito pelo não dito e são invocadas razões financeiras para que nenhuma das duas médicas colocadas na extensão de saúde da Glória do Ribatejo se desloque - uma ou duas vezes por semana - a cada uma daquelas extensões de saúde. 


Agora os utentes e os autarcas vão naturalmente querer continuar a lutar por aquilo que é um direito de cidadania - o acesso à saúde. E é aqui que se colocam dois caminhos possíveis.
  • Centrar a actividade dos utentes e dos autarcas na manifestação de indignação, no(s) protesto(s), nas mais variadas formas de luta.
  • Complementar esta postura, iniciando desde já negociações com aquela dirigente do ACES, aproveitando a aparente "janela de oportunidade" que é a sua disponibilidade para reabrir aqueles espaços, se as autarquias suportarem os custos com o funcionamento (água, luz, limpeza, etc) e assumirem também as despesas com a deslocação da médica da Glória do Ribatejo para as duas freguesias, nos dias em que lá haja atendimento médico.

(clicar em cima da notícia para a ler melhor)

São legítimas ambas as escolhas, há argumentos pró e contra nos dois casos, mas para resolver de imediato uma situação que prejudica há mais de um ano as populações os vereadores socialistas sugeriram à maioria que iniciasse já as negociações. 
Evitaríamos assim arrastar as dificuldades dos utentes de Muge e Granho do SNS e garantiríamos que aquela dirigente não teria tempo para encontrar mais alguma justificação para voltar a dizer o contrário do que já disse ou, pior do que isso, que seja substituída na função por alguém que não tenha assumido aquele compromisso!...
O seguro morreu de velho e o interesse primeiro das populações ajuda a tomar a decisão que sugerimos. 
Vamos ver o que fará o BE!

7 comentários:

  1. Aposto que daqui a um ano está tudo na mesma. Com a falta "depressa", a incapacidade de fazer ou propor algo de novo da Anita e a má vontade responsável da ACES vamos ficar em nada.

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  2. Volto a referir que os Senhores Presidentes da Junta de Freguesia do Granho e de Muge deixaram este processo se arrastar até este ponto, justificando que estavam a tratar de tudo com a Dra Luisa Portugal, e que não fazia sentido encetar outra formas de luta, isto á cerca de um ano.
    Pergunto ao Senhor do Granho quais os resultados que obteve com o boicote ás urnas nas presidenciais?
    E esta Dra Luisa Portugal, não foi nomeada por um governo PS, não fez parte de listas do PS á Camara de Coruche?

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  3. As populações estão primeiro. Deixar as guerras com CRES e o com a oposição e servir sempre as populações.. os mais idosos, os mais desfavorecidos já têm problemas que chegam na vida para resolver.

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  4. Já vi caro(a) anónimo(a) das 12:18 que o seu objectivo é criticar o BE e o PS, responsabilizando os seus autarcas pelo sucedido. No entanto, está equivocado, neste assunto os autarcas de todas as forças partidárias com responsabilidades na gestão das autarquias não vão cair na tentação de considerar o combate político prioritário, pois para nós a saúde das pessoas está primeiro. Lamentamos o sectarismo e o divisionismo que pretende alcançar com o seu comentário. Foram travadas muitas lutas - intervenções na comunicação social, moções de condenação, abaixo-assinados, criação de uma comissão de utentes, reuniões com a Drª Luísa Portugal, etc.
    Este espaço tem sido um palco em que por diversas vezes este tema tem vindo à coação.
    A nossa acção talvez tenha permitido a "janela de oportunidade" de que se fala no texto deste post. Espero bem que os autarcas com responsabilidades de governar a Câmara não deixem de a aproveitar!

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  5. A não ser que queiramos todos apenas manifestar solideriaedade e que estamos muito revoltados com esta situação, acho perfeitamente normal relembrar o que foi feito á cerca de um ano, nomeadamente a ignorancia do Presidente da Junta do Granho em recusar-se integrar e/ou apoiar a criação da Comissão de Utentes. Hoje sim ja todos falam da questão e dão a importancia que esta Comissão de facto tem!
    Mas convenhamos que o objectivo do Senhor será desresponsabilizar os autarcas do BE?

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  6. Na listagem que anteriormente lhe fiz das iniciativas entretanto tomadas, faltou-me a manifestação realizada em Almeirim, diante do ACES da Lezíria II, onde estiveram as nossas populações e alguns autarcas protestando contra o encerramento de extensões de saúde um pouco por todo o lado.
    Julgo que me fará a justiça de não me tomar por tolo, nomeadamente quanto à desresponsabilização dos autarcas BE! Pretendo por um lado ser justo, embora reconheça que a falta de liderança - até por frequentes ausências da líder - origina o arrastamento de dossiers como este.
    A minha intervenção na última reunião de Câmara, de que o post acima fala, foi no sentido de - seguindo o caminho que o concelho vizinho de Almeirim percorreu - aproveitarmos também o esboço de "oportunidade" para negociar com o ACES a reabertura das extensões.
    Essas negociações têm de ser levadas a cabo pelos autarcas BE na Câmara, não faz pois sentido que os hostilize numa fase em que apelo a que ajam! O interesse das populações vem primeiro do que qualquer estratégia partidária!

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  7. caro eng. quero felicita~lo pelo bom senso das suas palavras e da sua actuação. a forma correcta e honesta como põe a questão é a forma certa. Espero que continue assim. a dar voz às causas esquecidas e à queles não podem falar.

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