segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

NÃO VOTAR


Na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, cujo Rescaldo já foi apresentado em posts editados nos dias 25 e 26 de Janeiro, o vereador Hélder Manuel Esménio deu pública nota das razões que o levaram a não se deslocar no dia das eleições presidenciais à freguesia do Granho.
Em primeiro lugar não queria, de modo algum, “colar” a uma força partidária o movimento espontâneo da população do Granho que optou por não votar.
Em segundo lugar porque já na 6ª feira anterior ao acto eleitoral os vereadores socialistas tinham enviado uma nota à comunicação social deixando bem clara a sua posição: absoluto respeito e compreensão pela decisão que o povo do Granho e de Muge viessem a tomar no dia do sufrágio, em face das dificuldades que o encerramento dos respectivos Postos de Saúde lhes causa.
Em terceiro lugar porque entendem o voto (ou o não voto) como um momento de reflexão pessoal, uma decisão individual, um acto solitário, pois é uma decisão de cada um dos cidadãos.
O que esteve em causa foi a opção livre de uma população (integrada por muitos confessos apoiantes do Partido Socialista) de que nenhum autarca tem o direito – pela sua presença ou ausência – de se apropriar. Nós não o fizemos, nem nunca o faríamos, ainda que, como já demonstrámos, procuremos estar sempre do lado da resolução dos problemas.
Um bom exemplo, com sentido de responsabilidade, foi a intervenção feita pelos vereadores socialistas que permitiu encontrar um médico com disponibilidade para prestar serviço nestas freguesias, o que desde 15 de Dezembro já é do conhecimento do ACES da Lezíria, entidade que superintende à saúde na região.
Um outro bom exemplo foi dado pelos membros do executivo da Junta, afectos ao PS e ao PSD que, apesar de não votarem, não desistiram de assumir as suas obrigações legais, constituíram a mesa eleitoral e mantiveram a urna aberta, o que permitiu registar uma abstenção de 99% a este acto eleitoral. Outros houve, adeptos do BE, como o Sr. Presidente da Junta do Granho, que a poucos dias do acto eleitoral, por estratégia política, preferiu abandonar a presidência da mesa eleitoral.
Aquele Presidente da Junta criticou os vereadores socialistas por não terem ido ao Granho apoiar o movimento popular que decidiu não votar. Em resposta o vereador Hélder Esménio lembrou-lhe as razões porque não o tinha feito e recomendou-lhe solicitasse antes explicações ao seu líder partidário, Francisco Louçã, que à SIC, nesse mesmo dia, disse: “Faltar às urnas não é um voto de protesto é um voto de desistência“.
Pela narração destes factos fica claro quem teve um profundo respeito pela decisão que o povo daquela freguesia tomou no dia das eleições e quem foram aqueles que, consoante as conveniências, dizem uma e outra coisa diferente!...

domingo, 30 de janeiro de 2011

(IN)SENSIBILIDADES OU OPÇÕES ?!

(Foto do edifício da ex-Fábrica de Papel)

Mantêm-se as críticas que aqui fizemos ao mau estado de conservação de alguns edifícios municipais que se localizam na sede do concelho, de que são exemplos o Barracão da Câmara na Rua do Rossio, os edifícios da antiga Metalmagos (na Zona Desportiva) e da ex-Fábrica do Papel (na Est. do Convento). Já assinalámos também, em post anterior, algum desleixo com as fachadas principais do Celeiro da Vala e do Centro de Interpretação do Cais da Vala.

(Foto do edifício da Câmara antes do abate das árvores)

Já na Praça da República permanece o estado de abandono a que foi votado o edifício pombalino contíguo à Biblioteca Municipal, embora nessa mesma Praça o edifício da Câmara Municipal tenha sido - depois de muitas críticas feitas - finalmente beneficiado, reparando e pintando as suas fachadas exteriores.

(Para memória futura)

Nesta intervenção foram ainda removidas duas árvores que ladeavam, há cerca de 12 anos, o edifício camarário. Opções que vão variando ao sabor dos tempos?!...

A CONFIRMAÇÃO QUE SE ESPERAVA

Não podemos deixar de nos congratular com o resultado das iniciativas que assumimos e de que demos pública nota neste e noutros espaços. Resta-nos aguardar que os "parceiros" neste Protocolo - CP, REFER, C. M. do Cartaxo, de Coruche e de Salvaterra de Magos - estejam à altura dos acontecimentos!...

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sábado, 29 de janeiro de 2011

DESENTENDIMENTOS

(Para ler a notícia completa da edição desta semana do jornal O MIRANTE clique em http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=480&id=71648&idSeccao=7728&Action=noticia)


(Para ler a notícia completa da edição desta semana do jornal O MIRANTE clique em http://semanal.omirante.pt/noticia.asp?idEdicao=&id=71673&idSeccao=7733&Action=noticia)

2011 - ANO INTERNACIONAL DAS FLORESTAS


A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas. A exemplo da Biodiversidade, que ganhou os holofotes do mundo em 2010, a ideia é sensibilizar a sociedade sobre a importância da preservação das matas. Elas representam 31% da cobertura terrestre do planeta, servindo de abrigo para 300 milhões de seres humanos de todo o mundo e têm responsabilidade direta na garantia da sobrevivência de 1,6 bilhões de pessoas e de 80% da biodiversidade terrestre.

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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

RANCHO ETNOGRÁFICO DA VÁRZEA FRESCA

Vão ter lugar no próximo saábado, dia 29 de Janeiro, pelas 21 horas, as comemorações do 2º aniversário do Rancho Etnográfico da Várzea Fresca. Os festejos integram a actuação do rancho aniversariante e de um outro grupo vindo de Lisboa, seguido de um baile. Parabéns a todos quantos têm ajudado na "construção" deste projecto.


O QUE ELES INVENTAM?!

No próximo domingo, a partir das 14.30 h, no Largo das Festas de Marinhais, vai acontecer um torneio de "futebol taurino", uma iniciativa da Associação do Carnaval dos Amigos de Marinhais. Ingressos já à venda, pode encontrá-los também na Junta de Freguesia de Marinhais.
Divirta-se!



A IMPRENSA, OS VEREADORES E O NÃO VOTO

Porque os vereadores eleitos pelo Partido Socialista têm o maior respeito pela democracia e pela decisão livre que cada um deve poder fazer - de votar ou não votar - decidiram na 5ª feira, dia 20 de Janeiro, antes do acto eleitoral, enviar à comunicação social a sua posição sobre esta matéria e publicaram no mesmo dia, aqui neste espaço, um post que a reproduz.

(Não deixe de consultar aquele semanário em

Na reunião de Câmara do dia 24 de Janeiro, 2ª feira, depois do acto eleitoral, reafirmaram a sua posição e congratularam-se pelo civismo do Povo do Granho e pelo sentido de responsabilidade dos cidadãos e dos dois membros do executivo da Junta de Freguesia (um eleito pelo PS e o outro pelo PSD) que - apesar de também terem optado pelo não voto - não deixaram de assumir as suas responsabilidades e constituíram a mesa de voto [ver esta intervenção no post publicado no dia 25 de Janeiro de 2011], ao contrário do que fez o Sr. Presidente da Junta do Granho (BE) que preferiu pedir excusa.

(Não deixe de consultar a edição on line daquele jornal em

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

INSPECÇÃO-GERAL ESTÁ NA CÂMARA MUNICIPAL


Na última reunião da Câmara Municipal, realizada na passada 2ª feira, dia 24 de Janeiro, os vereadores foram informados que - desde 10 de Janeiro de 2011 - a Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL) está no Município de Salvaterra de Magos. A inspecção foi considerada de rotina pois, como afirmou a Srª Presidente da Câmara, estava no planeamento anual daquela entidade inspectiva. A última Inspecção à Câmara Municipal data de 2006.

ESGOTOS CONTINUAM A CÉU ABERTO


As intervenções que fizemos na reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos em 10-11-2010 e por duas vezes neste espaço, assim como a cobertura noticiosa que os órgãos de comunicação social local e regional dedicaram ao tema, não foram ainda suficientes para a empresa intermunicipal Águas do Ribatejo solucionar, de uma vez por todas, o problema de haver efluentes domésticos a sairem pela tampa de uma caixa de visita (ver foto acima), inundando com esgoto a valeta que ladeia a Rua da Ribeira na Glória do Ribatejo, originando ainda no local um cheiro nauseabundo.


Talvez a perspectiva de continuarmos a ter esta [triste] realidade a coabitar com o empreendimento da Herdade de Nossa Senhora da Glória, justifique uma maior celeridade na resolução da situação, cuja responsabilidade inicial é da Cãmara Municipal que executou a obra da rede de esgotos.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

FERNANDO TORDO VAI ESTAR EM SALVATERRA

(Fernando Tordo)

Este cantor e compositor vai animar a noite do dia 27 de Janeiro, a partir das 22 horas, participando na habitual tertúlia "Conversas na Cabana", que ocorre de onde em onde, sempre às 5ªs feiras, na Cabana dos Parodiantes em Salvaterra de Magos.
Se puder não deixe de aparecer, parece que o enfoque vai ser a música!...

ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS A ENTIDADES

Na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, realizada no dia 24 de Janeiro de 2011, foi unanimemente aprovada a atribuição dos subsídios que constam da listagem seguinte:
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RESCALDO DA REUNIÃO DE CÂMARA de 24-01-2011 (parte 2)

Depois de em post anterior constar o Rescaldo da última reunião de Câmara, realizada a 24 de Janeiro, relativo ao período antes da Ordem de Dia, é chegado o momento de resumir o que de mais importante aconteceu já no debate dos assuntos previstos na Ordem do Dia.

Período da Ordem do Dia
A acta da reunião realizada há três meses - em 20-10-2010 - foi unanimemente aprovada, tal como a atribuição de subsídios a entidades [ver post que segue].
Foi decidido, só com votos favoráveis, reforçar o subsídio mensal que é concedido à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos, passando-o de 7.500€ para 9.500€.

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Também só com votos a favor foi estabelecido - como havíamos sugerido [ver post de 18-12-2010] - um Protocolo com o CCD do Pessoal ao Serviço do Município de Salvaterra de Magos que visa apoiar as actividades culturias, desportivas e de lazer.
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O vereador Helder Esménio (PS) discordou frontalmente da alteração ao Regulamento Municipal que fixa a taxa pela realização, reforço e manutenção de infra-estruturas urbanísticas (TMU). A proposta da maioria BE visa prescindir desta taxa no que diz respeito às parcelas relativas às redes de água e de esgoto, por causa dessas infra-estruturas serem agora geridas pela empresa Águas do Ribatejo. O vereador socialista não aceitou esta redução nas receitas municipais e defendeu que a CMSM só devia prescindir delas quando a construção dessas redes fosse também responsabilidade daquela empresa e, nas demais situações em que foi a Câmara a criar aquelas infra-estruturas, não pode deixar de ser ressarcida pelo investimento feito e que possa aproveitar aos promotores urbanísticos.

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Inexplicavelmente a maioria persistiu na realização da votação, apesar do apelo do autarca socialista para transitar a deliberação para a próxima reunião de Câmara, de modo a dar tempo à maioria BE para estudar a argumentação e reflectir o assunto. A proposta foi aprovada pelos vereadores BE (César Peixe e Margarida Pombeiro), com os votos contra dos vereadores socialistas (Helder Esménio e João Simões). O vice-Presidente usou do voto de qualidade, faculdade que a lei lhe confere. (A Srª Presidente da Câmara e o vereador BE Luís Gomes - respectivamente, para participar noutra reunião e por razões pessoais - já se tinham ausentado dos trabalhos).
A alteração a alguns artigos do Regulamento do PDM foi retirada, pela maioria, da Ordem de Trabalhos, informando que o assunto virá a próxima reunião do órgão.
O debate volta a intensificar-se a propósito de uma proposta da Câmara que defende que o empreendimento da Herdade de Nossa Senhora da Glória deve ficar isento do pagamento da TMU (taxa pela realização, reforço e manutenção de infraestruturas urbanísticas) com base na fundamentação que se junta.

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Perante a falta de fundamentação técnica precisa, o vereador Helder Esménio interviu pedindo que a decisão fosse adiada para permitir aos Serviços melhorarem os fundamentos que suportam uma eventual decisão de isenção daquela taxa municipal. Disse sobre o assunto:

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O assunto, face à pertinência da observação, acabou por ser retirado da reunião para melhorar o documento que enquadrará a ulterior decisão dos autarcas.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

RESCALDO DA REUNIÃO DE CÂMARA DE 24-1-2011 (parte 1)

O vereador Jorge Burgal (ex-PSD) não pode estar presente nesta reunião de Câmara adiada do dia 19 de Janeiro, por motivos profissionais.

Período antes da Ordem do Dia
O vereador César Peixe (BE) referiu que a Estradas de Portugal afirma que estava iminente o fim do concurso e a adjudicação da reparação da semaforização no entroncamento da EN 367 com a EN 118. Mais referiu estar em curso a requalificação da Rua Capitão Salgueiro Maia em Salvaterra de Magos.
A vereadora Margarida Pombeiro (BE) destacou que a nossa Biblioteca Municipal ia organizar a final distrital do Concurso Nacional de Leitura. Afirmou ainda que a comunidade escolar ia ser desafiada a fazerem trabalhos para serem expostos em Março, na Biblioteca, quando do Mês da Enguia.
A Srª Presidente da Câmara informou que está na Câmara Municipal de Salvaterra de Magos a Inspecção-Geral da Administração Local (IGAL), uma inspecção ordinária. Criticou ainda o aproveitamento político que foi feito em torno do eventual encerramento ao transporte de passageiros da linha Coruche/Setil. Afirmou que não é pela CMSM que a linha será encerrada, a decisão é política, concluiu.
Em resposta os vereadores socialistas (Helder M. Esménio e João M. Simões) leram o último parágrafo do ofício recebido da CP, datado do dia 14-01-2011:
"Assim, no passado dia 7 de Dezembro a CP informou os três municípios que nos termos do nº 4, da cláusula 12ª do Protocolo, subsistindo atrasos no pagamento das comparticipações financeiras dos Municípios, largamente superiores a dois meses, que iria ser suspenso o serviço ferroviário de passageiros definido no Protocolo, sendo suprimida a circulação dos comboios entre as estações do Setil  e de Coruche a partir do dia 1 de Fevereiro de 2011."
Estes vereadores, cuja intervenção se reproduz seguidamente na íntegra, congratularam-se pelo facto de as suas iniciativas e as suas tomadas de posição terem permitido o cabal esclarecimento dos factos, passando-se de um encerramento com data anunciada, para uma situação em que voltamos a ter esperanças que isso não aconteça, pelo menos para já.

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O vereador Helder Esménio referiu-se longamente às informações que recolheu no Encontro sobre os Concheiros de Muge destacando a sua relevância arqueológica e a importância que terá para o conhecimento da vida na Terra, há cerca de 10.000 anos, que a equipa actualmente a escavar no Cabeço da Amoreira (Muge), consiga os meios financeiros para prosseguir o trabalho em curso [ver post de 21 de Janeiro].
Aquele vereador referiu-se ainda elogiosamente à redução em cerca de 40% do tarifário com água e o saneamento que até agora era cobrado à Câmara Municipal e às Juntas de Freguesia pela empresa Águas do Ribatejo. Mais apelou à maioria BE para agora passar a cumprir o que prometeu em 2009 às associações, IPSS e colectividades que era ajudá-los a suportar estas despesas, em face do aumento brutal dos encargos com águas e esgotos que a partir dessa altura passaram a ter de suportar.
A Srª Presidente da Câmara referiu que a população do Granho decidiu não votar e muito bem. Não houve boicote. Afirmou que esteve junto da população a mostrar a sua solidariedade. Mais afirmou que tinha já uma reunião marcada com a directora executiva do ACES da Lezíria, Drª Luísa Portugal, para falar sobre a saúde no concelho.
A propósito deste mesmo tema os vereadores socialistas produziram a intervenção que abaixo se reproduz, lembrando que já na 6ª feira, antes das eleições, em nota enviada à comunicação social tinham afirmado: "Quanto àquilo que o Povo de uma ou de outra freguesia [Granho e Muge] vier a fazer, nós compreendemo-lo, não o podemos condenar, vamos antes estar com eles na sua angústia".

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Já no período reservado aos municípes (no final dos trabalhos) o Sr. Presidente da Junta de Freguesia do Granho criticou os vereadores socialistas por não terem ido ao Granho apoiar a luta do Povo e por a terem considerado um "erro do ponto de vista da prática democrática". Em resposta o vereador Helder Esménio lamentou que aquele Presidente de Junta não tenha percebido o que foi dito e repetiu-lhe as seguintes palavras da intervenção: "Os vereadores socialistas gostariam que este problema se resolvesse de maneira diferente, aliás como foi prometido [às populações] (...) Os vereadores socialistas congratulam-se com o civismo demonstrado por aquela população, principalmente porque ao permitirem a abertura da urna de voto demonstraram um profundo respeito pela democracia, deixando ainda mais vincada a sua inequívoca vontade de protestarem contra a falta de médico na extensão de saúde que serve a freguesia."
O vereador prosseguiu a sua resposta ao Sr. Presidenta da Junta do Granho dizendo-lhe que entendia o voto (ou o não voto) como um acto livre, um acto solitário e sobre o qual não deve haver qualquer pressão. A deslocação de autarcas ao local das votações, nas circunstâncias de todos conhecida, pode ser entendida como um constrangimento sobre aqueles que queriam votar ou como de incentivo a que outros não votassem. E foi para que não se fizesse essa leitura que optámos por na 6ª feira, em nota à comunicação social, manifestar a nossa compreensão por aquilo que o POVO viesse a fazer.
A terminar o vereador lembrou àquele autarca do BE que o seu líder tinha afirmado: "Faltar às urnas não é um voto de protesto, é um voto de desistência" (FRANCISCO LOUÇÃ, 23 de Janeiro, SIC).
O vereador João Simões (PS), ainda no período antes da ordem do dia, congratulou-se por estarem abertas as inscrições para os estágios profissionais na administração local e alertou, mais uma vez o executivo, para o facto de continuarem a céu aberto esgotos na Rua da Ribeira na Glória do Ribatejo.

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O vereador Luís Gomes (BE) apresentou uma moção - que foi votada unanimemente - solidarizando-se com todos quantos usam o transporte ferroviário e exigindo do Governo a manutenção do serviço. Apresentou ainda uma outra moção sobre a falta de médicos no concelho, justificando-a como sendo uma errada orientação política do Governo e causada pelos PEC's. Nela propõe que a CM de Salvaterra de Magos se solidarize com os munícipes e exija do Governo a manutenção dos Posto de Saúde dos Foros aberto e que garanta a reabertura dos Postos de Saúde de Muge e do Granho. Os vereadores socialistas também votaram a favor desta moção, embora em declaração de voto expressassem a sua discordância quanto à excessiva responsabilizãção da acção deste Governo lembrando, a propósito, que a falta de médicos é o acumular de erros ao longo de muitos anos, designadamente nas cedências que foram feitas à Ordem Profissional dos Médicos, no estrangulamento do número de admissões aos cursos de medicina. O vereador Helder Esménio disse que comungava a "bondade" da Lei que proíbe os médicos reformados de regressarem ao SNS, pois o diploma pretende travar a debandada dos médicos que já tanta falta fazem, mas defendeu que isso só devia ter sido aplicado (o que não aconteceu) aos que se reformassem a partir da data da publicação da Lei e não aos que anteriormente se tinham aposentado. Afirmou ainda divergir do modelo que visa a concentração de médicos nalguns Postos de Saúde e o encerramento de todos quantos tenham menos de 1.500 utentes. É mais barato para o País, pelo menos até prova em contrário, que sejam os médicos a deslocar-se às freguesias do que serem as populações dessas freguesias a deslocar-se a outras, onde está aquele profissional.

(Em próximo post faremos o rescaldo do período da ordem do dia)

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

VALEU A PENA!...


A notícia chegou à pouco. A CP, a REFER e as 3 Câmaras Municipais (Cartaxo, Coruche e Salvaterra de Magos) confirmaram em reunião realizada hoje que o serviço ferroviário de transporte de passageiros ia prosseguir até Setembro, honrando todas as partes o Protocolo celebrado há dois anos, como não podia deixa de ser.
Depois da iniciativa que levámos por diante, em articulação com a Srª Presidente da Junta de Freguesia de Marinhais, junto do Conselho de Administração da CP, com conhecimento ao Senhor Secretário de Estado dos Transportes, no passado dia 14 de Janeiro [ver post dos dias 19 e 20 de Janeiro] exigindo o cumprimento do Protocolo assinado, assim como, a assumpção pelas Câmaras Municipais das dívidas em atraso, enviando um plano para a sua regularização, estavam abertas as perspectivas para uma solução feliz como dissemos na reunião de Câmara de hoje de manhã:
"Esta iniciativa que tomámos de exigir à CP esclarecimentos e o honrar do Protocolo, acabou por contribuir para passarmos de uma situação em que o encerramento estava iminente para outra em que se abrem novas perspectivas, pelo menos no curto prazo."
Afirmámos ainda, como poderão ler no Rescaldo que em próximo post dedicaremos à reunião de Câmara de hoje, que o prolongamento do transporte deveria ser outra preocupação dos autarcas:
"Esperemos que aí se resolva a situação, mantendo o funcionamento até Setembro e que, entretanto, se encontre um modelo de funcionamento que permita que o serviço, com menos custos para todos, possa prosseguir para além dessa data".
 Não podemos pois deixar de assinalar a satisfação contida que sentimos, agradecendo a todos os que ajudaram - particulares ou entidades oficiais!.

AFINAL O TEMPO VEIO A DAR-NOS RAZÃO

Na reunião de Câmara de 16 de Junho de 2010 sugerimos (ver posts de 16 e de 17 de Junho de 2010):
"As Câmaras Municipais deviam ainda e rapidamente suscitar a discussão em torno do escalão único do preço da água que lhes é aplicado. As instituições sem fins lucrativos pagam, este ano, um pouco mais de 0,60€/m3, enquanto as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia são penalizadas em mais 60%, pagam quase 1,07€. Julgo ser perfeitamente aceitável que as autarquias que têm como único fito a prossecução do bem comum não paguem mais do que as instituições que, tal como elas, não têm fins lucrativos.
É um debate Srª Presidente que creio vai ser preciso fazer-se pois de outra forma as finanças municipais vão ficar tão comprometidas que quem vai ficar a perder é a nossa população."

Olhemos agora o tarifário da água da empresa Águas do Ribatejo para 2011:
  • Estado: em 2010 - 1,6500€/m3, 2011 - 1,8150/m3 (+10%)
  • IPSS: em 2010 - 0,6057/m3, 2011 - 0,6663/m3 (+10%)
  • Autarquias: em 2010 - 1,0692/m3, 2011 - 0,6663/m3 (- 40%)
O mesmo aconteceu com o tarifário do saneamento. Em todos os escalões o preço a pagar pelos consumidores cresceu 10%, enquanto o montante a pagar pelas autarquias se equiparou ao das instituições sem fins lucrativos.


Também as críticas que fizemos ao deplorável estado de conservação dos canteiros que existiam na Rua Capitão Salgueiro Maia (junto às Finanças) em Salvaterra de Magos (ver post de 12 de Outubro de 2010), acabaram por ser ouvidas e deram origem à intervenção em curso e que visa a sua supressão, colocação de caldeiras para árvores e alargamentos das áreas destinadas à circulação pedonal. Esperemos que a obra inclua a substituição dos velhos e degradados passeios em cimento por outros em pavê. Pena é que a recomendação que fizemos em 3 de Março do ano passado - e que visava dotar aqueles arruamentos de sentidos únicos - ainda não tenha sido aplicada pela maioria.

domingo, 23 de janeiro de 2011

ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS NO CONCELHO


Eleitores inscritos - 18.658
Eleitores votantes  - 6.873 (37%)
Votos brancos - 306
Votos nulos      - 139

Cavaco Silva       - 2.748 votos
Defensor Moura   -     85 votos
Francisco Lopes  -   794 votos
Manuel Coelho    -   304 votos
manuel Alegre    - 1.494 votos
Fernando Nobre  - 1.003 votos

UM OLHAR DA IMPRENSA SOBRE A VIDA NO CONCELHO


Um olhar sobre o Plano e o Orçamento da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, críticas e sugestões dos vereadores socialistas.


A contestação dos autarcas à falta de médicos e a moção apresentada pelos vereadores socialistas criticando a não colocação do médico cuja disponibilidade já foi comunicada à entidade responsável pela Saúde na região.


Como a "euforia" da maioria que não pensa o concelho, pode transformar uma medida necessária e bem aceite por todos num sério contratempo para as Associações Humanitárias e para todos os profissionais e empresários locais que já servem hoje as populações do concelho de Salvaterra de Magos!...

(clicar em cima para visualizar melhor)


RUA JOAQUIM PADEIRO EM MARINHAIS

No post publicado no dia 13 de Janeiro falámos do corte do trânsito pedonal e automóvel na Rua Joaquim Padeiro em Marinhais, em resultado da acumulação de águas que está impedida de seguir o seu curso normal.
A última edição do semanário O MIRANTE, de 20-01-2011, dá nota desta realidade no endereço http://semanal.omirante.pt/index.asp?idEdicao=479&id=71404&idSeccao=7708&Action=noticia.

(Para ver o resto da notícia clique no link acima)


sábado, 22 de janeiro de 2011

200 PAÍSES, 200 ANOS

Ainda que em inglês não deixe de ver este vídeo que me foi enviado por um amigo (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=jbkSRLYSojo&feature=player_embedded). Ele ilustra, de modo muito simples, a evolução nos últimos dois séculos de 200 países de todos os continentes. Os parâmetros considerados neste estudo foram o rendimento per capita em dólares (em abcissas) e a esperança de vida (em ordenadas) da população de cada um dos países ao longo dos 200 anos.
Os países são representados por bolas tanto maiores quanto maior for a sua população. As nações do continente europeu estão figuradas a laranja, as do continente asiático a vermelho, o médio oriente a verde, a azul os africanos e a amarelo os países americanos.

DATAS A RETER (em Janeiro)

(José Gameiro)

(in http://historiadesalvaterra.blogs.sapo.pt/ de José Gameiro)

Outrora aconteceu, em Janeiro:

* No dia 21, de 1661 – Andando Portugal em guerra com Espanha, neste dia houve um encontro de tropas, onde as forças portuguesas, ganharam a contenda. Neste embate, foram aprisionados, como “símbolo de vitória”, três estandartes. D. Afonso VI, estando em Salvaterra de Magos, doou um deles à Igreja da vila, outro à nova Igreja de Nossa Senhora da Piedade, em Santarém e, um outro à Igreja de Nossa Senhora da Conceição, Lisboa.
* No dia 4, de 1849 - Em Salvaterra de Magos, nasceu o Dr. Gregório Fernandes, numa casa perto da torre da Igreja, onde mais tarde, foram colocadas placas de homenagem.
* No dia 13, de 1932 – Faleceu em Salvaterra de Magos, Francisco P. Albano Gonçalves, boticário muito estimado pelo povo que nascera em Lisboa no dia 12 de Fevereiro de 1845.
* No dia 1, de 1987 - O Município de Salvaterra de Magos, prestou homenagem ao Maestro/Musico António Paulo Cordeiro.
* No dia 19, de 1951 – Foi fundada a Sociedade Columbófila Salvaterrense (Acta Nº2 da SCS)
* No dia 24, de 1989 – Faleceu em Marinhais Jerónimo Duarte da Fonseca, nascido em Salvaterra de Magos em 15.10.1915. Foi farmacêutico, inventor e autarca (vereador) no município de Salvaterra.
* No dia 29, de 2006 – Era domingo, estava muito frio, a chuva caía intensamente, pelas 13,00 horas engrossou dando lugar a farrapos de neve, sendo mais visível em Foros de Salvaterra. Em algumas zonas daquela Freguesia (Várzea Fresca), na segunda-feira de manhã, ainda lá existiam.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

NOTAS SOLTAS SOBRE OS CONCHEIROS DE MUGE


Teve lugar no Museu Geológico de Portugal (antigo Convento de Nossa Senhora de Jesus), em Lisboa, um Encontro sobre os Concheiros de Muge, com o sub-tema: "Analisando o passado".
Em Portugal o mesolítico (período da pré-história entre o paleolítico e o neolítico) espalha-se pelos vales do Tejo e do Sado.
Há cerca de 10.000 anos, estas comunidades - numa altura em que ainda não se descobrira a agricultura, nem se domesticavam animais - viviam da caça, da pesca e do que conseguiam recolher nos campos.
Os Concheiros não são mais do que a acumulação num local de lixo, detritos e outros testemunhos da vida das comunidades mesolíticas que durante séculos viveram ou passaram naqueles locais ricos em alimentos.
A importância dos Concheiros resulta em grande medida de permitirem o estudo da evolução da vida nesse período, pois nas escavações feitas (e em curso) foi possível verificar, sob as suas camadas arenosas de base, evidências da existência de "lareiras" (locais onde se fazia o fogo) e de "buracos de poste" o que indicia a presença de pequenas estruturas. A mais precisa datação feita no Cabeço da Amoreira (Muge) permite estimar que entre a base e o topo do Concheiro distam cerca de 500 anos. Crê-se que estes "depósitos" foram ulteriormente reabertos para efectuar enterramentos, tendo já sido recolhidos dos Concheiros de Muge mais de 200 esqueletos.

(Cabeço da Amoreira)

A relevância arqueológica dos Concheiros de Muge (descobertos em 1863) deve-se ao elevado número de esqueletos descobertos e à quantidade de material encontrado, e é mundialmente conhecida desde que o local foi visitado por arqueólogos que, em 1880, participavam no seu Congresso Mundial.
Os Concheiros, elevações no terreno em resultado da deposição de detritos produzidos pela presença humana, têm cerca de 40 a 50 m de diâmtero. De entre os que existem, permitam-me destaque:

- Concelho de Almeirim
  • Vale da Fonte Moça 1 (destruído pela plantação de vinha);
  • Vale da Fonte Moça 2 (parcialmente destruído).

- Concelho de Salvaterra de Magos

  • Vale da Ribeira de Magos (Paúl de Magos) - Cova da Onça e Monte dos Ossos, Cabeço dos Morros (destruição parcial, restam aproximadamente 400 m2), Magos de Cima, Magos de Baixo e Barragem (estes últimos desapareceram devido a obras hidráulicas);
  • Vale da Ribeira de Muge - Moita do Sebastião (restam fragmentos), Cabeço da Arruda e Cabeço da Amoreira.

Com escavações feitas na Moita do Sebastião (1950), onde se encontraram 5 ou 6 crâneos humanos, o Professor Mendes Correia, um dos mais importantes arqueologos portugueses que leccionava na Universidade do Porto, concluiu - ao contrário do que anos antes chegou a afirmar - que o Homem de Muge se integrava no Homem Mediterrâneo e não no Africano.
Mais recentemente, e com vista a determinar a dieta daquelas comunidades, analisaram-se os ossos de esqueletos exumados, pois os ossos cativam nutrientes, registam o tipo de alimentos ingeridos nos últimos 10 anos de vida.
A comunidade mesolítica do Sado recorria mais a uma dieta vegetal que a de Muge. Neste caso a dieta era diversificada porque baseada em alimentos marinhos e terrestres (carne e vegetal). Nas comunidades seguintes (neolítico) diminui a dieta marinha e aumenta a terrestre (surge a agricultura).
Biólogos que analisaram materiais recolhidos em escavações mais antigas efectuadas nos séculos XIX e XX, concluiram que a comunidade de caçadores recolectores de Muge, caçava uma grande variedade de animais - coelhos, veados, javalis, linces ibéricos, raposas e cães (selvagens). Chegaram ainda à conclusão, pelos dentes encontrados de javalis e veados, que face à forte pressão do consumo, a sua caça era cada vez mais rara para o final do período. Também observaram que ao longo do tempo foi diminuindo o tamanho das conchas, pois a procura humana não lhes permitia tanto tempo de desenvolvimento.


Foi encontrado nos Concheiros um esqueleto de um cão com cerca de 8.000 anos (a 1ª espécie a ser domesticada), que é o mais antigo que já se encontrou em Portugal.
Em 2008 reiniciaram-se as escavações, uma área de 12 X 12 m, no Cabeço da Amoreira, projecto liderado pelo Professor Nuno Bicho (Universidade do Algarve), que conta com o financiamento da Faculdade de Ciências e Tecnologia e que se espera possa vir a ser substancialmente apoiado por universidade britânica. A Casa Cadaval é parceira do projecto, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, até este momento, não foi referenciada.
O trabalho em curso é de excelência quer pelo rigor da datação como pela minúcia com que evoluem as escavações. Estas estão a ser cartografadas com o recurso a estações totais. Em três anos apenas avançaram 15 cm em profundidade.
Já foram encontrados fragmentos cerâmicos, vértebras de peixes, fragmentos de mandíbulas, conchas, conchas perfuradas (adornos), pinchas de caranguejo, etc. Estes novos trabalhos vão tentar obter mais informação sobre a estrutura social no tempo do mesolítico. O estudo dos enterramentos dos corpos pode fornecer informação sobre clãs e linhagens.
Junto a este Concheiro em observação já foram encontrados também vestígios neolíticos.

(O facto de este post resultar de apontamentos que tirei durante todo o dia do Encontro, não garante o seu rigor científico, até porque não tenho formação na área. Peço desculpa por qualquer imprecisão ou incorrecção)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

BOICOTE ÀS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS



Distribuído de forma anónima surgiu ontem nas caixas do correio, nas ruas e em estabelecimentos do Granho o comunicado que seguidamente se reproduz, apelando ao boicote do acto eleitoral do próximo domingo, naquela freguesia.

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A decisão de boicotar actos eleitorais é um erro do ponto de vista da prática democrática, pois somos nós próprios a excluir-nos do exercício de um dos direitos que conquistámos com o 25 de Abril de 1974.
Mas pergunto-me, o que mais pode fazer o povo de Muge e do Granho?! São populações ordeiras, gente de trabalho e com muitos idosos.
O que podem os seus autarcas, os seus Presidentes de Junta fazer para denunciar a injustiça que estão a sofrer?!
Os Postos de Saúde fecharam por falta de médico. Foi-lhes prometido que reabririam logo que se arranjasse médico.
Há semanas e semanas que pessoalmente contactei a Drª Luísa Portugal, responsável pelo sector da saúde na nossa região, informando-a de que tinha conseguido arranjar um médico com disponibilidade para reabrir aquelas extensões de saúde e, até agora, NADA!
Ou seja, pelo menos aparentemente, aquela responsável disse uma coisa e está a fazer coisa diferente. Isto é o pior que se pode fazer ao Povo!... è desrespeitá-lo.


Assim sendo como posso criticar a reacção que esse mesmo Povo possa vir a tomar?!
Gostaria que as coisas se resolvessem de maneira diferente, aliás como foi prometido.
O médico - sei, porque voltei a falar com ele - continua disponível.
Quanto àquilo que as populações de Muge e Granho resolverem fazer eu compreendo-as e vou estar com elas, a sua angústia é mais do que justificada.

UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL?!...


Ainda sobre o tema do encerramento a 1 de Fevereiro do transporte ferroviário de passageiros na Linha de Vendas Novas (Setil/Coruche) fui confrontado, ontem, com o pedido de entrevistas por parte da Rádio Cartaxo e da Rádio Marinhais, pedindo-me ambas comentasse a situação e os últimos desenvolvimentos. Deixo-vos seguidamente o texto que resume aquelas intervenções.

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Ontem, já depois das 16 horas, recebi da CP a seguinte correcção ao teor da comunicação que ontem publiquei no post.

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Da leitura deste documento resulta como mais preocupante, para mim, o facto de a CP estar a ser gerida de modo aparentemente pouco profissional, pois de outra forma é difícil compreender um lapso como este!
Naquilo que verdadeiramente importa aos munícipes do concelho de Salvaterra de Magos, o que podemos perceber é que a nossa Câmara Municipal em vez de dever um ano e tal de facturas deve quase um ano.
A boa notícia é que se confirma o que dissemos no post anterior. Perante a busca da verdade e a sua exposição pública, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos lá resolveu finalmente enviar um plano de regularização da dívida, que lhe tinha sido pedido no dia 1 de Outubro, assumindo o pagamento gradual das facturas em atraso.
Esperemos que estas movimentações que a nossa acção motivou sejam o suficiente para permitir a continuidade do transporte e que, entretanto, sejam identificadas as medidas a adoptar para permitir reduzir o défice de exploração e continuar este serviço público.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

SETIL/CORUCHE - A BUSCA DA VERDADE


Em face das notícias vindas na comunicação social dando nota de que a CP pretendia o encerramento do transporte de passageiros na linha de Vendas Novas - ligação Setil/Coruche - os vereadores socialistas manifestaram, na última reunião de Câmara (ver post de 6 de Janeiro) a sua preocupação, solicitaram a indicação dos números de pessoas transportadas por cada horário do comboio e pediram à Câmara que tudo fizesse para evitar o encerramento puro e simples daquele serviço ferroviário.
Infelizmente os acontecimentos precipitaram-se e a Srª Presidente da Junta de Freguesia de Marinhais informou-nos, na passada 6ª feira, dia 14 de Janeiro, que a CP já tinha confirmado por escrito que o encerramento se daria a 1 de Fevereiro.
Intrigado com aquela decisão, logo no início da tarde desse mesmo dia, contactei o Sr. Presidente do Conselho de Administração da CP questionando-o quanto à legalidade da decisão. O que está protocolado é que o serviço - no mínimo - tenha a duração de dois anos, logo tem que chegar a Setembro de 2011. Reproduzo seguidamente o texto do email que enviei.

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Em resposta, o Conselho de Administração fez-me uma longa resenha do desenvolvimento dos factos, onde deixa inequívoco que foi o incumprimento por parte das Câmaras Municipais dos pagamentos das facturas mensais devidas à CP (e que de acordo com o Protocolo deviam ser pagas com o atraso máximo de 2 meses), que justificou a decisão de SUSPENDER o serviço de transporte. Não é invocada qualquer outra razão.
Em síntese, as Câmaras têm meses e meses de atraso, e até à passada 6ª feira só a Câmara Municipal de Coruche tinha deixado claro qual o Plano que assumia para regularizar as facturas em falta. As Câmaras Municipais do Cartaxo e de Salvaterra de Magos desde 1 de Outubro nada tinham respondido. Curioso é também poderem ler que desde 7 DE DEZEMBRO que as Câmaras Municipais sabiam do encerramento e aquelas duas Câmaras faltosas nada fizeram para evitar o problema.

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NOTÍCIAS DE ÚLTIMA HORA dão conta de que a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, depois de saber o conteúdo do ofício que acabaram de ler, enviou, alegadamente, na passada 2ª feira, dia 17 de Janeiro, o tal Plano de Regularização da dívida e procedeu ao pagamento de algumas das muitas facturas em atraso.
Creio que todos lamentamos que a maioria BE tenha escondido estes factos da população, instigando-a até contra a CP, mas quero crer que devido à acção que desenvolvemos de busca da verdade e da subsequente denúncia da situação, a maioria no executivo foi "empurrada" para começar a honrar os compromissos que assumiu e assinou e que, desta forma, será possível renegociar com a CP, evitando a suspensão do serviço no próximo dia 1.
Se assim for, valeu a pena o empenhamento dos autarcas socialistas na resolução de mais um problema que afectaria a nossa população!