quinta-feira, 12 de abril de 2012

PONTE RAINHA D. AMÉLIA EM RISCO


Foi interrompida na passada 6ª feira a circulação de viaturas na ponte Rainha D. Amélia que atravessa o Rio Tejo, ligando Muge (concelho de Salvaterra de Magos) a Valada (concelho do Cartaxo).


Há cerca de um mês a Protecção Civil Municipal (Salvaterra de Magos) limitou a circulação na ponte a veículos com menos de 5 toneladas. De lá para cá a situação piorou e agora foi cortado de vez o trânsito no local.


A razão que está na origem desta tomada de decisão tem que ver com o estado em que se encontram os apoios (móveis) da estrutura metálica da antiga ponte ferroviária. Vários apoios aparentam ter sofrido uma carga excêntrica que lhes induziu um movimento de rotação, talvez causado pelo embate de uma viatura pesada na estrutura da ponte quando circulava nesta. Este esforço, entre outros, originou o desprendimento dos roletes do apoio do lado direito, na foto acima, que ameaçam cair. A foto seguinte ilustra bem os roletes a saírem de baixo do apoio da estrutura metálica e quase a caírem do montante de betão (do lado de Muge).


A situação - como as fotos seguintes evidenciam - é deveras preocupante pois os apoios móveis garantem a movimentação, ainda que de alguns milímetros, da estrutura da ponte, o que é fundamental para a sua estabilidade. Essa movimentação deve-se à acção das cargas rolantes mas também às dilatações e contracções do ferro da estrutura em razão das variações térmicas que ocorrem ao longo dos dias e do ano.

(Apoio, do lado da nova ponte ferroviária, que ainda apresenta alguma estabilidade)
(Apoio, do lado oposto, que está em risco)

Pelas razões indicadas, pelo dano que a queda dos apoios móveis pode originar à estrutura da ponte e pelos prejuízos que o fecho desta ligação rodoviária causa às populações do nosso concelho, os vereadores socialistas alertaram para estes condicionalismos na reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, que ontem se realizou, e questionaram a maioria no executivo camarário sobre qual a tramitação prevista para a resolução do problema que, do ponto de vista técnico talvez não tenha complexidade de maior. Em resposta o Sr. vice-presidente de Câmara, vereador Manuel Neves, informou que a estimativa para a duração dos trabalhos seria duas semanas, mas que a Lei dos Compromissos (lei 8/2012) estava a impedir a adjudicação da intervenção, pelo que se desconhece quanto tempo mais vai estar a ponte cortada ao trânsito. O vereador Helder Esménio (como pode ver-se no RESCALDO da reunião que se publica também hoje) afirmou temer que o arrastar da situação possa conduzir a um agravamento do problema e a maiores custos a suportar pela autarquia, argumento que deve ser usado, se necessário, junto do Ministério das Finanças para desbloquear a autorização.

11 comentários:

  1. Se o problema foi detectado no principio de Março, o que fizeram? Esperavam que os apoios voltassem por si à situação anterior? Esperavam o quê? Para que serve o serviço municipal de protecção civil? Para pintar um sinal existente e colocar um tímido e pequeno 5 T? Avisaram as centenas de pessoas que utilizam a ponte para apanhar o combóio no Reguendo ou na Azambuja, e que tinham acabado de comprar os seus passes? Nada fizeram. A isto chama-se incúria e incompetência. Bem hajam!

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  2. Sem querer contrariar o modo como analisa a situação, permita-me diga que a imputação de responsabilidades à Protecção Civil Municipal não me parece justa. Neste caso agiram, alertaram e informaram os responsáveis autárquicos e fizeram-no, felizmente, antes que pudesse ter ocorrido qualquer acidente. Quanto ao mais, nada tenho a contrapor. É urgente resolver o problema, para evitar prejudicar tanta gente e não onerar ainda mais o custo da reparação.

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  3. Porque não tentar resolver o problema com a ajuda e os meios dos Regimentos de Engenharia do Exército, como aconteceu nas pontes de Coruche. Com a crise que atravessamos, seria lógico utilizar recursos do Estado Português. Parabéns à Proteção Civil Municipal que soube agir em conformidade.

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  4. Aqui está uma excelente solução "Regimentos de Engenharia do Exército" será que na cama alguém pode peguer no telefone e tentar perceber se tal é possivel, e o que se tem que fazer para que tal aconteça? Ou vamos ficar á espera que o Estado resolva o problema, como tem acontecido cá no concelho "ficar à espera que alguem resolva o asssunto" foi assim com os centros de saude e freguesias...e o raio a sete.

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  5. Será que não é possível fazer o que disse o Sr Hipólito?
    É muito urgente arranjar esta ponte existe muita gente que trabalha do lado de lá e que já está em risco de perder o emprego.
    Engº dê um empurrão a esses vereadores do executivo que parecem não perceber nada disto, nestas alturas temos de perder a vergonha e pedir ajuda a quem sabe. Espero que este problema tenha uma rápida resolução.

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  6. Todas as sugestões viáveis, devem ser tidas em conta. Mas gostaria de dar uma outra sugestão, que me parece pertinente. Durante este fecho ao trânsito, não se deveria também proceder a uma vistoria à ponte, não só daquele apoio danificado, como dos outros, e proceder à sua reparação, se for caso disso? Deste modo, aproveita-se esta paragem para tomar acções de prevenção, que de outro modo seriam impossíveis.

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  7. Mas não é suposto as autarquias servirem as populações? Para quê tanta conversa e não se avança para a substituição dos roletos danificados? Não estamos a falar de uma ponte nova!!! Só de uns míseros roletos, que custarão alguns milhares de €€.
    Francamente!!!

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  8. cambada de "gentinha" que usa camara para se servir e encher o ego. Mas não foi para isso que foram eleito. foi para servir os interesses das populações, fazer o que elas precisam paar poderem ter uma vida melhor. Vida melhor mas todos, não empregos melhores para o seus amigos e bando! Vergonham não deixe que isto acabe assim, nem esqueça este assunto senão passa 2012 e só para a altura das eleições ´que vão pensar em fazer alguma coisa para caçar votos.

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  9. Primeiro o comboio.
    Agora a ponte.
    Não será melhor falar com os pescadores do Escaroupim?

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  10. Não tinha noção da gravidade do problema. Utilizo com muita frequência para me dirigir à Gloria do Ribatejo. Só espero que a reparação seja breve.

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  11. se fizesse falta a certas pessoas das camaras e juntas ja tinha resolvido o problema

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