sábado, 2 de junho de 2012

FOI HÁ 717 ANOS… E ONTEM...


O rei D. Dinis (1261 – 1325), sexto rei de Portugal, foi essencialmente um administrador e não tanto, como os seus antecessores, um guerreiro. Durante o seu longo reinado (46 anos) atribuiu várias Cartas de Foral com vista a povoar sítios ermos e a desenvolver a agricultura. Neles estabelecia um conjunto de privilégios, regalias e obrigações. 
É assim que surgem o Foral de Salvaterra de Magos (01-06-1295) e o de Muge (6-12-1304). Em ambos os casos era exigido às populações que aí se viessem a fixar a abertura de valas (Magos e Muge) como forma de “sangrar” os pauis e aproveitar os terrenos para a actividade agrícola, exigindo o rei uma parte do que aí se produzisse, nomeadamente pão, vinho e linho.


(1926 – Ano da construção da igreja matriz de Salvaterra de Magos)

El-rei D. Dinis deu Salvaterra de Magos à Ordem de Santiago e a sua igreja paroquial à Ordem do Hospital.
Se consultarmos a publicação “Salvaterra de Magos – vila histórica no coração do Ribatejo”, da autoria de José Rodrigues Gameiro, podemos destacar ainda outras datas importantes na história desta vila.
  • 1383 – 2 de Abril, no Paço Real de Salvaterra foi assinado o contrato de casamento da Infanta D. Brites, formosa filha de D. Fernando, com D. João I de Castela.
  • 1429 – 20 de Agosto, D. João I, doou a seu filho D. Fernando (o Infante Santo) a vila de Salvaterra de Magos.
  • 1517 – 20 de Agosto, El-rei D. Manuel I, deu novo Foral a Salvaterra, com novos privilégios, e verificou-se que o Paul de Magos ainda não tinha sido aberto, ao contrário do que determinara D. Dinis.
  • 1577 – Novembro, D. Sebastião encontrava-se em Salvaterra a caçar.
  • 1626 – 18 de Junho, junto à Coutadinha das Rainhas, lançou-se a primeira pedra do novo Convento para 12 frades, por ordem de D. João IV.
  • 1690 – El-Rei D. Pedro II, mandou fazer bonitos jardins e ampliar o Palácio (ficando um Novo e um Velho, interligados).
  • 1745 – 24 de Junho, chegaram a Lisboa, falcões com destino a Salvaterra, vindos da ilha de Malta. Dez anos depois vieram 40 da Dinamarca, muitos deles brancos.
  • 1753 a 1792 – No Teatro da Ópera de Salvaterra, foram cantadas 35 óperas.
  • 1759 – 13 de Janeiro, quando da execução da família dos Távoras, o rei D. José estava em Salvaterra a caçar, pois tinha partido de Lisboa a 11, entre festejos, por ter escapado do atentado em 1758.
  • 1762 – Foi no reinado de D. José que aconteceu a famosa tourada real em que perdeu a vida o jovem Conde dos Arcos tendo o seu pai, o Marquês de Marialva, descido à arena e matado o touro, vingando dessa forma a morte do filho. O rei impressionado com o acontecimento e a conselho do seu Primeiro-Ministro, o Marquês de Pombal, proibiu as corridas de touros em Portugal.


(Capela Real)

  • 1818 – Na noite de 27 para 28 de Setembro, cerca das 2h da madrugada, deflagrou um incêndio no palácio. Apesar de todo o esforço desenvolvido apenas se salvaram das chamas a Capela e a Casa da Ópera.
  •  1858 – 11 de Novembro, com o terramoto desmoronou-se o paredão da fachada do Palácio, que caiu até meia altura.
  • 1862 – As ruínas foram arrematadas em hasta pública. Demoliram-se então os grandes paredões e aproveitou-se a pedra e a caliça para as ruas.

Um último apontamento sobre a evolução da população. Aquela publicação dá-nos conta que em 1527 havia 600 habitantes, em 1788 os residentes eram 2.043 e cem anos depois (1878) já residiam em Salvaterra 2.537 pessoas.

IMAGENS DO DESFILE QUINHENTISTA,
ONTEM, EM SALVATERRA DE MAGOS


Esta iniciativa, da responsabilidade do Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos, percorreu ontem diversas ruas da vila, sede do concelho de Salvaterra de Magos.


Como as imagens evidenciam no desfile participaram quase um milhar de figurantes entre alunos, professores e assistentes de todas as escolas de Salvaterra de Magos e dos Foros de Salvaterra.


Ao longo do percurso foram muitas centenas as pessoas que não quiseram deixar de ver passar um desfile cujos trajes procuravam retratar a vida por volta dos séculos XV e XV! (altura dos Descobrimentos Portugueses).


Nada disto teria sido possível sem o envolvimento dos pais e dos encarregados de educação, apoio que foi fundamental para tudo correr muito bem.


O Dia da Criança foi assim também assinalado proporcionando a todas elas e aos jovens um dia diferente. Curioso foi ver o empenhamento que todos eles colocaram neste desfile e na Feira que aconteceu nas instalações da Escola Básica e Secundária de Salvaterra de Magos onde aconteceu música, teatro, dança e muita outra animação.


Só podem estar de parabéns todos os que organizaram e ajudaram a que esta iniciativa escolar tivesse tido a dimensão e o sucesso que de um modo geral todos lhe reconheceram. Com estes jovens podemos ter fé no futuro!...

1 comentário:

  1. parabéns a todos os que organizaram e ajudaram a que esta iniciativa escolar tivesse tido o sucesso que teve, já agora com um pouco mais de apoios, certamente que se poderia fazer algo mais e dessa forma tornar esta iniciativa um grande acontecimento em salvaterra, material humano não falta, se possivel que no proximo ano seja ainda melhor, é de apoiar o Agrupamento de Escolas de Salvaterra de Magos, com mais meios.
    (Porque não integrar esta iniciativa no conjunto das actividades das festas do Foral)

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