segunda-feira, 2 de julho de 2012

INTRIGA E MALEDICÊNCIA… um velho costume BE!...


Num absurdo comunicado – que adiante se publica - recentemente distribuído no concelho, o BE Salvaterra de Magos afirma: “O Bloco compromete-se a lutar até ao fim por todas as freguesias, sem ceder às chantagens que o governo do PSD colocou na lei, para obrigar os municípios a fazer o trabalho sujo de indicar as freguesias para extinção. O governo que o faça, (…)”.
1.O BE começa por faltar à verdade
Quem aprovou e tem de aplicar a Lei 22/2012 é a Assembleia da República (AR) e não o Governo, um pormenor que faz toda a diferença, pois já foi votada e constituída a Unidade Técnica que vai apresentar à AR as propostas de agregação das freguesias. O BE sabe-o mas preferiu fingir que não sabe.
2.Consequências da posição (irreflectida ou irresponsável) BE
A aplicação da Lei pela AR (ou pelo Governo, como diz o BE no seu comunicado) reduz, se não houvesse pronúncia da Assembleia Municipal (AM), de 6 para 3 o número das nossas freguesias. 



O BE queria - pela sua inacção - ser cúmplice e carrasco de metade das nossas freguesias – do Granho, dos Foros de Salvaterra e da Glória do Ribatejo, freguesias que seriam unidas a Muge, Salvaterra de Magos e Marinhais, ficando estas últimas com as sedes das agregações. O PS de Salvaterra de Magos tenta impedi-lo, daí que tenha aprovado uma solução de pronúncia na AM que tenta manter 5 das nossas freguesias e que, na pior das hipóteses, salvaguarda 4 freguesias e não apenas 3.
3.O BE dá o dito por não dito
Numa recente conferência de imprensa e no blogue do BE Salvaterra de Magos afirma-se, contrariando o que diz em comunicado: O Bloco de Esquerda reforça a sua intenção de apresentar uma solução de pronúncia, dando resposta à lei 22/2012 de extinção/fusão de freguesias, respeitando o seu compromisso com a população do concelho de Salvaterra de Magos”. Fica demonstrado que até o BE sabe que a única solução válida é a pronúncia da AM, mas agora prefere afirmar o seu contrário. Isto é um lamentável ziguezaguear político!
4.O BE manipula os factos e a realidade
Naquilo que é de há muito uma estratégia BE, que opta sempre pela intriga e a má-língua, ao invés de assumir as suas responsabilidade e de "fazer", o BE no seu comunicado omite das populações que a Lei está em vigor desde 31 de Maio de 2012.
O BE não diz às populações que uma petição mais não causa que um debate na AR, não tem qualquer efeito sobre a Lei, nem sequer origina uma deliberação dos deputados.
O BE esconde das populações que o referendo que queria não seria para permitir que as pessoas dissessem que solução de agregação escolheriam, mas apenas para as questionar se a AM se devia ou não pronunciar. Ou seja, seria um referendo para dizer que se fez, um referendo a fingir, um referendo absolutamente irrelevante. Não se faz um referendo local para permitir que as pessoas digam se querem a pronúncia da AM e que se preserve, pelo menos, 4 freguesias, ou se não querem a pronúncia da AM e que fiquem apenas 3 freguesias. O BE está  a brincar com as pessoas!
O BE sabe que a pronúncia da nossa Assembleia Municipal - cuja redacção final se tem ainda de preparar – não é senão um Plano B, uma solução de recurso, a que deitaremos mão se até ao fim do prazo legal para a pronúncia da AM a maioria PSD/CDS não “arrepiar” caminho. O BE sabe, já lhe foi dito, mas não o quer reconhecer publicamente… falta-lhe em seriedade política o que lhe sobra em “manobras de diversão”!...


Preferimos não comentar o conjunto de interpretações da lei que o BE produziu no texto acima, as quais demonstram bem a impreparação ou a má-fé dos seus autores.

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