segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

AS CRIANÇAS E O PAI NATAL


As crianças não param de nos surpreender. Agora são as de três e quatro anos que - como se concluiu no estudo que abaixo se noticia - já sabem distinguir a realidade da ilusão.
Infelizmente muitos adultos ainda não o conseguem na plenitude, daí que ainda haja quem encontre neles um terreno fértil para propagar a maledicência, a intriga e a mentira. Se os destinatários dessas mensagens falaciosas fossem as crianças, elas provavelmente perceberiam mais facilmente que estavam no mundo da fantasia ou do ilusionismo.
Talvez um dia deixemos de “premiar” os que tentam enganar os pais e os avós das crianças!...


Acreditar no Pai Natal, na fada dos dentes e por aí adiante torna as crianças mais criativas. A conclusão é de especialistas norte-americanos. 

A psicóloga Alison Gopnik refere, no seu livro “O Bebé Filosófico: o que nos diz a mente das crianças sobre o significado da vida, a verdade e o amor” (tradução livre do nome em inglês), que acreditar no Pai Natal faz com que as crianças imaginem as histórias e, se algum imprevisto acontecer (por exemplo, uma rena ficar doente), os mais novos pensam em soluções e tornam-se mais criativos. 
As crianças entendem como o mundo funciona e criam ideias novas, adianta a especialista. 
Um outro estudo, realizado pela Universidade de Oregon (Estados Unidos), concluiu que as crianças que brincam e acreditam mais em fantasias se saem melhor quando têm de perceber a expectativa dos outros e distinguir a realidade da ilusão (sabem que um coelho não vai mudar de cor só porque alguém colocou um filtro de cor na sua frente). 
Os testes foram realizados em 152 crianças com três e quatro anos. Foram questionadas, primeiro, sobre as fantasias que criavam e acreditavam e, depois fizeram alguns testes para saber como entendiam o mundo real. 
Além de saberem distinguir a realidade da ilusão, o grupo entendia que as percepções dependem do contexto (conseguiu entender que as pessoas podem ver uma figura de uma maneira diferente). 
Num outro estudo mais recente com crianças, a mesma universidade testou as que tinham amigos imaginários e concluiu conseguem entender melhor os seus sentimentos e emoções.

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