sábado, 8 de dezembro de 2012

TAPAR CHERNOBIL


Quase três décadas depois do desastre nuclear de Chernobil está a iniciar-se a colocação de uma estrutura metálica sobre o gerador que explodiu, com a intenção de “enclausurar”, pelo menos durante cem anos, a radioctividade que ainda possa vir a ser libertada daquele local. A notícia que seguidamente se publica dá nota dessa iniciativa do governo ucraniano que recebeu financiamento da comunidade internacional.
Esperemos que a humanidade, de futuro, acautele com maior rigor qualquer alteração ao paradigma energético que hoje temos e para isso é fundamental que vá desenvolvendo os conhecimentos tecnológicos e as técnicas para que quando isso for indispensável não fiquemos expostos a riscos desta dimensão.


A estrutura que cobrirá o quarto reactor da centra nuclear de Chernobil, na Ucrânia, que explodiu a 26 de Abril de 1986, foi na terça-feira erguida pela primeira vez. O gigante tecto em forma de arco cobrirá o sarcófago de cimento já existente sobre o reactor, e prevê-se que seja implementado em definitivo em 2015.
A construção, financiada pelo Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) - e com participação portuguesa -, foi ontem pela primeira vez erguida à sua altura máxima, a que será utilizada para cobrir o reactor.
O peso da estrutura, um arco de contenção, rondará hoje as 5 mil toneladas, mas quando for concluída, prevê-se que venha a pesar quase 20 mil toneladas, distribuídas pelos 257 metros do seu comprimento.
«Este é um marco muito significativo, um tributo ao compromisso da comunidade da dadores internacionais, e um importante passo para superar o legado do acidente», considerou Suma Chakrabarti, presidente do BERD, ao comentar os avanços de ontem.
De acordo com a Al-jazeera, o equipamento foi desenhado para conter o reactor durante 100 anos e reter as emissões radioactivas que ainda possam ser libertadas, apesar de o governo ucranianoter assegurado, em Agosto, que «praticamente [já] não [havia] impedimento para a vida humana» em Chernobil.
Em 1986, a explosão do reactor 4 causou a morte a dois trabalhadores da central nuclear. Nos meses seguintes, ainda foram registadas mais 28 mortes devido à radiação. 
Na altura, dezenas de milhar de pessoas tiveram que evacuar a cidade de Pripiat, nas redondezas da central nuclear, localizada a cerca de 100 quilómetros de Kiev, capital ucraniana.

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