Um
estudo conduzido por investigadores
australianos concluiu que o uso regular de aspirina pode, ao fim de vários
anos, causar perda de visão. Mas a favor deste fármaco estão outros estudos que
lhe atribuem propriedades de prevenção e redução de ataques cardíacos e até de
cancro. Anjo ou demónio?!...
Pessoas que tomam aspirina regularmente
durante vários anos – principalmente as que sofrem problemas de coração – são
mais propensas a desenvolver algum tipo de cegueira, revela estudo australiano.
Quem toma aspirina corre o dobro do
risco de desenvolver degeneração macular, uma doença que resulta na
deterioração da retina e na perda de visão no centro do campo visual. A
conclusão é de um estudo que englobou 2389 pessoas e foi
publicado na revista médica JAMA Internal Medicina.
Os investigadores concluíram porém que
não existem provas científicas suficientes que justifiquem, para já, uma
mudança nos procedimentos atuais no que toca à ingestão do medicamente.
Por outro lado, estudos anteriores
demonstraram que tomar pequenas doses de aspirina todos os dias reduz o risco
de ataque cardíaco em pessoas que tenham algum tipo de doença cardiovascular.
Outra investigação indica mesmo que o fármaco –
um dos mais conhecidos em todo o mundo – pode prevenir o aparecimento de
cancro.
Estudo
Uma em cada dez pessoas envolvidas no
estudo, conduzido na Universidade de Sidney, tomaram uma aspirina pelo menos
uma vez por semana e os testes visuais tiveram lugar cinco, dez e 15 anos
depois. No fim do estudo, os cientistas concluíram que 9,3% dos pacientes que
tomavam aspirina desenvolveram Degenerescência Macular da Idade, quando apenas
3,7% dos pacientes que não tomaram o medicamento acabaram por sofrer da mesma
doença.
A Degenerescência Macular da Idade – que pode
ser acelerada pelo consumo de tabaco - é provocada pelo crescimento de veias
sanguíneas que provocam inchaço e pequenas hemorragias que danificam a retina.
Os investigadores consideram que não
existe prova científica suficiente que implique a não prescrição do
medicamente, mas avançam que esta deve ser reconsiderada no caso dos doentes
sofrerem ou estiverem em risco de desenvolver Degenerescência Macular da Idade.
A idade e o histórico familiar estão
entre os fatores de risco para o aparecimento da doença.
Sem comentários:
Enviar um comentário