sábado, 2 de fevereiro de 2013

ASPIRINA – ANJO OU DEMÓNIO?!...


Um estudo conduzido por  investigadores australianos concluiu que o uso regular de aspirina pode, ao fim de vários anos, causar perda de visão. Mas a favor deste fármaco estão outros estudos que lhe atribuem propriedades de prevenção e redução de ataques cardíacos e até de cancro. Anjo ou demónio?!...


Pessoas que tomam aspirina regularmente durante vários anos – principalmente as que sofrem problemas de coração – são mais propensas a desenvolver algum tipo de cegueira, revela estudo australiano.
Quem toma aspirina corre o dobro do risco de desenvolver degeneração macular, uma doença que resulta na deterioração da retina e na perda de visão no centro do campo visual. A conclusão é de um estudo que englobou 2389 pessoas e foi publicado na revista médica JAMA Internal Medicina.
Os investigadores concluíram porém que não existem provas científicas suficientes que justifiquem, para já, uma mudança nos procedimentos atuais no que toca à ingestão do medicamente.
Por outro lado, estudos anteriores demonstraram que tomar pequenas doses de aspirina todos os dias reduz o risco de ataque cardíaco em pessoas que tenham algum tipo de doença cardiovascular. Outra investigação indica mesmo que o fármaco – um dos mais conhecidos em todo o mundo – pode prevenir o aparecimento de cancro.

Estudo

Uma em cada dez pessoas envolvidas no estudo, conduzido na Universidade de Sidney, tomaram uma aspirina pelo menos uma vez por semana e os testes visuais tiveram lugar cinco, dez e 15 anos depois. No fim do estudo, os cientistas concluíram que 9,3% dos pacientes que tomavam aspirina desenvolveram Degenerescência Macular da Idade, quando apenas 3,7% dos pacientes que não tomaram o medicamento acabaram por sofrer da mesma doença.
A Degenerescência Macular da Idade – que pode ser acelerada pelo consumo de tabaco - é provocada pelo crescimento de veias sanguíneas que provocam inchaço e pequenas hemorragias que danificam a retina.
Os investigadores consideram que não existe prova científica suficiente que implique a não prescrição do medicamente, mas avançam que esta deve ser reconsiderada no caso dos doentes sofrerem ou estiverem em risco de desenvolver Degenerescência Macular da Idade.
A idade e o histórico familiar estão entre os fatores de risco para o aparecimento da doença.

Sem comentários:

Enviar um comentário