Esta notícia que podia passar
despercebida assume maior relevância pelos danos causados pela queda de um
pequeno meteorito na Rússia, no passado dia 15 de Fevereiro, cuja explosão ao
entrar na atmosfera gerou um conjunto de projecções e uma onde de choque que
causou muitos danos materiais, ferindo centenas de pessoas, a maior parte das
quais com pouca gravidade, felizmente!
A questão que se coloca é o que teria
acontecido se o embate na terra fosse causado por um corpo celeste de maiores
dimensões. Julgo não estar a errar se disser que uma das teorias científicas
que explica o fim dos dinossauros à superfície da terra, tem por base a queda
de um meteorito com cerca de 10 Km, o que provocou até um desvio no eixo da
terra. Esta enorme força, de um objecto de dimensões relativamente pequenas,
explica-se pela aceleração a que ele se movimenta no espaço antes de embater no
nosso planeta.
Europeus, russos e norte-americanos estão
a estudar a melhor maneira de desviar qualquer corpo celeste que ameace a Terra
e a realização de um ponto da situação está marcado para março, em Bruxelas.
Um asteroide de 45 metros de diâmetro e
135 mil toneladas de peso passa hoje [no passado dia 15 de fevereiro de 2013] perto da Terra, a uma
distância de cerca de 28 mil quilómetros, um décimo da distância entre o
"planeta azul" e a Lua.
Segundo a agência espacial
norte-americana, NASA, trata-se do maior corpo celeste alguma vez detetado a
passar tão perto da Terra, mas não existe risco de colisão.
Se houvesse essa possibilidade, tentar
fazer explodir o asteroide não seria uma solução, disse à agência noticiosa
francesa AFP Erwan Kervendal, responsável pelo "dossier" na Astrium,
subsidiária do grupo europeu de aeronáutica e defesa (EADS).
"Ninguém quer explodir um asteroide,
isto não é Hollywood, e o remédio podia ser pior do que o mal ao multiplicar os
riscos" devido à fragmentação do objeto, explicou.
Kervendal disse que estão a ser estudadas
três opções "para desviar um objeto que ameace a Terra".
Desviar, atrair ou bater?
Uma consiste em "bater com força no
objeto celeste (...) perto do seu centro de gravidade (...) num determinado
ângulo para o desviar". Este é o cenário em que trabalham os europeus,
como Kervendal.
Os norte-americanos, por seu turno,
trabalham sobre a atração que poderá exercer um veículo espacial colocado perto
do asteroide e que funcionaria como um "trator gravitacional",
segundo a Astrium.
Os russos estudam uma terceira opção, um
desvio da trajetória devido à onda de choque provocada por uma explosão perto do
asteroide.
Em março, em Bruxelas, cientistas e
industriais farão o ponto da situação das investigações no "primeiro
balanço anual do programa da União Europeia NEO-Shield (Escudo contra objetos
próximos da Terra) lançado por três anos no início de 2012", disse
Kervendal.
O cientista disse ainda que os estudos não
estão "pressionados pelo tempo, porque não deve haver uma verdadeira
ameaça de colisão antes de um século".
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/cientistas-estudam-modo-de-desviar-corpo-celeste-que-ameace-a-terra=f787439#ixzz2KzsOPElz
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