A
qualidade do ar nas grandes cidades, onde afluem muitos milhares de viaturas
todos os dias, todas elas contribuindo com as suas emissões para afectar a
qualidade do ar que respiramos, é um problema com vários anos, que alguns tentam
minimizar melhorando a rede de transportes públicos, proibindo a circulação
automóvel em certos locais e até criando custos (portagens) na entrada das
cidades.
A
notícia que seguidamente se publica deixa claro que é preciso fazer mais, pois
ainda faltarão muitos anos para que a utilização massiva de meios de transporte
eléctricos possa ser uma realidade e ajude a ultrapassar, pelo menos em parte,
os actuais danos ambientais.
Portugal
arrisca uma multa de milhares de euros se nada fizer para travar a má qualidade
do ar. A Comissão Europeia decidiu avançar com acções contra 17 estados, entre
eles estão Portugal, Espanha, França e Itália.
Em
declarações à Renascença,
Francisco Ferreira, dirigente da Quercus e especialista em qualidade do ar, explica
que este é o resultado de uma advertência do Tribunal Europeu de Justiça que
caiu em “saco roto”.
“Essa
condenação não teve implicações em termos de uma multa. Para além da
condenação, não houve outras consequências e a Comissão Europeia, na medida em
que continuamos a ter ultrapassagens, quer desta vez retomar estes
processos e que o Tribunal Europeu de Justiça já tenha argumentos suficientes
para impor multas aos países que não conseguem fazer respeitar estes
limites.”
Segundo
Francisco Ferreira, algumas cidades estão sempre acima dos valores limite,
principalmente, Lisboa, Porto e Braga. Por isso, o Governo tem que actuar para
evitar a poluição do ar.
O
dirigente da Quercus defende a criação de mais zonas de emissões reduzidas onde
os veículos mais poluentes não podem circular, medidas de redução de tráfego,
aposta nos transportes públicos e melhoria dos interfaces para que as pessoas
deixem o carro mais longe da cidade.
Quanto
ao valor das coimas, reflectem somas diárias que acabam por traduzir quantias
avultadas.
A
Renascença tentou contactar o Ministério do Ambiente, sem sucesso.
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