domingo, 31 de março de 2013

VAI-SE FAZENDO A HISTÓRIA DO UNIVERSO


A minha geração é aquela que viu o homem ir à Lua (1969), e esse foi com efeito, como disse Neil Armstrong quando pisou o solo lunar, um gigantesco salto para a Humanidade.
De lá para cá, a velocidade com que tudo se desenvolve é extraordinária. Já existem estações espaciais, veículos que levam e trazem homens, cargas e equipamentos, robots que prescrutam Marte, telescópios com capacidades inimagináveis. A notícia que se reproduz é “apenas” a descrição de mais um passo!...


É a imagem mais detalhada de sempre do Universo tal como era apenas com 380 mil anos de idade e foi divulgada hoje pela Agência Espacial Europeia (ESA), organização a que Portugal pertence.
Este retrato foi construído a partir das últimas observações do telescópio espacial Planck da ESA e é um mapa da radiação cósmica de fundo, isto é, da radiação que ficou depois do Big Bang, o evento que deu origem ao Universo.
Mas este Universo primordial quase perfeito, uma espécie de sopa cósmica de protões, electrões e fotões a 2700 graus centígrados, faz algumas revelações que surpreenderam os cientistas, porque mudam as bases do conhecimento que até agora tínhamos dele.
A primeira é que as flutuações nas temperaturas da radiação cósmica de fundo a grande escala não coincidem com as previstas pelo chamado modelo standard de explicação do Universo, ou seja, os seus sinais não são tão fortes como os cientistas esperavam.
Estas flutuações levaram a que nas regiões mais quentes do Universo nascessem dezenas de milhões de anos depois as galáxias e as estrelas.

Afinal temperaturas não eram homogéneas

A segunda é que havia uma assimetria entre as temperaturas médias dos dois hemisférios do "ovo cósmico" que é o Universo. Esta conclusão contraria as previsões feitas pelo modelo standard de que o Universo seria basicamente semelhante e homogéneo em qualquer direção em que o observemos.
A terceira é que existia uma mancha fria numa parte do Universo que era muito maior do que se pensava.
Em todo o caso, para além destas anomalias os investigadores da ESA admitem que os dados do Planck estão basicamente de acordo com as suas espectativas de encontrarem um modelo mais simples do Universo.
Por fim, o Planck revela que o Universo tem 13,82 mil milhões de anos de idade e não os 13,7 mil milhões que a ciência estimava até agora. Tudo porque foi encontrado um novo valor para a constante de Hubble, que representa a taxa de expansão do Universo desde o Big Bang.
Como explica o diretor-geral da ESA, Jean-Jacques Dordain, as novas observações do telescópio espacial Planck "permitem uma compreensão da formação do Universo que é 20 vezes mais precisa do que antes". 
Entretanto, há dois cientistas portugueses envolvidos no estudo das observações do telescópio espacial Planck que levaram a todas estas conclusões: Graça Rocha, do Jet Propulsion Laboratory (Instituto de Tecnologia da Califórnia), e Luís Mendes, da Agência Espacial Europeia.

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