sábado, 26 de outubro de 2013

MUITA GENTE A PASSAR FOME NO MUNDO


Uma realidade que muitos fazemos por ignorar e que envergonha a humanidade. A solução para o problema da fome não é fácil, até porque muito dos governantes dos países mais afectados não parecem ter nas suas prioridades esta problemática. Mas parece-nos indesmentível que são os que têm mais que têm de partilhar - bens e saberes.

Em paralelo a esta situação andará o exponencial aumento da população mundial com particular incidência nos países mais pobres, onde as carências assumem especial preocupação. Há cada vez mais dúvidas sobre a disponibilidade de recursos terrestres, nomeadamente água potável, para o crescimento populacional que se projecta para as próximas décadas!...


Assinala-se esta quarta-feira [no passado dia 16 de Outubro] o Dia Mundial da Alimentação com o alerta de que 842 milhões de pessoas passam fome no mundo e mais dois mil milhões têm deficiências nutritivas.
"Uma em cada oito pessoas no mundo passa fome", lamenta o representante da agência das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) em Lisboa, Hélder Muteia, em entrevista à agência Lusa.
O também representante da FAo junto da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) acrescenta que todos os anos morrem 2,5 milhões de crianças com fome e dois mil milhões de pessoas não dispõem de vitaminas e minerais suficientes para uma vida saudável.
Por outro lado, 1,4 mil milhões de pessoas vivem actualmente com excesso de peso, dos quais quase 500 milhões sofrem de obesidade, o que acarreta ameaças de doenças cardiovasculares e diabetes.
Todos os anos, são gastos 3,5 biliões de dólares em saúde, 500 por pessoa - dinheiro que poderia ser poupado se estivesse garantida uma alimentação saudável para todos.
"Teríamos menos gente a ir aos hospitais e mais qualidade de vida, logo maior capacidade produtiva", conclui Hélder Muteia.
Por isso, o lema do Dia Mundial da Alimentação deste ano é "Pessoas saudáveis dependem de sistemas alimentares saudáveis".
O responsável da FAO acredita que hoje, num momento em que os padrões de consumo e de produção "estão, de certa forma, a pôr em risco a base de recursos que garante a vida no planeta", em que a água começa a escassear e há cada vez mais desflorestação e degradação dos solos, é preciso "fazer uma mudança de paradigma".
Hélder Muteia acredita que a erradicação da fome é possível, mas "depende muito de políticas públicas e lideranças fortes".

Recordando que 98% das pessoas que passam fome estão nos países em desenvolvimento, Muteia explica que a situação dos países desenvolvidos prova que é possível acabar com a fome: "Se há países onde apenas um ou dois por cento passam fome, é possível, com políticas públicas, com maior coordenação internacional, garantir alimentação para os mais vulneráveis".

2 comentários:

  1. creio que há neste momento muita gente com fome no nosso Concelho!!
    Fome por falta de alimentos, fome por falta de emprego, fome por falta de esperança. É para eles que deve trabalhar.

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