domingo, 1 de dezembro de 2013

XXI CONGRESSO DA ANMP


Santarém, no fim-de-semana passado, foi a capital do Poder Local em Portugal. As competências para as autarquias, as depauperadas finanças locais, a lei dos compromissos, a continuação da redução dos efectivos municipais, o que põe já em causa a execução de muitas das tarefas legalmente exigíveis aos municípios, a reforma administrativa imposta de cima para baixo e o projecto de OE para 2014, foram alguns dos temas em debate.
As autarquias reduziram o seu passivo em mais de mil milhões de euros, enquanto o Estado, no mesmo período, viu crescer o seu passivo em quase  48 mil milhões.
Está, entretanto, em "marcha"o mais injusto ataque ao Poder Local, retirando-lhe o essencial da autonomia funcional e financeira, quando os dados financeiros bem evidenciam quem são os "culpados" pela  situação a que o País chegou.
O problema não seria tão grave se não fossem as famílias portuguesas as vitimas de uma política que retira meios e instrumentos a quem está no terreno a ajudar e a fazer o que pode para minimizar o impacte duma crise que não abranda e cujos  danos  "colaterais" são pessoas.


"Mais Governo Local Melhor Portugal" resume de algum modo o teor de muitas das intervenções.
Manuel Machado – Presidente da Câmara Municipal  de Coimbra, eleito pelo PS, será o próximo presidente do Concelho Directivo da ANMP, substituindo Fernando Ruas, o ex-presidente da Câmara Municipal de Viseu, autarca eleito pelo PSD.
As populações devem ter em linha de conta que há melhores e piores autarcas, como sucede em todas as actividades profissionais, devem ter o cuidado de não confundir o todo por uma parte, por mais badaladas que sejam na comunicação social os exemplos menos positivos. As pessoas devem perceber que a campanha em curso de diabolização do Poder Local só visa conseguir que se criem condições na opinião pública para aceitar de bom grado o fim gradual de acção autárquica.
Admito que possam existir os que assim pensam, mas uma coisa todos temos de saber, é que se assim for o poder vai afastar-se dos cidadãos e, desse modo, vamos perder grande parte da capacidade de influir no nosso destino colectivo. Talvez valha a pena pensarmos nisto!...

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