terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ECOS DA FALTA DE MÉDICOS NO CONCELHO


Depois de na última reunião da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos ter proposto uma moção, aprovada unanimemente, de condenação à ARSLVT pelo esquecimento a que foi votada toda a sub-região do Agrupamento dos Centros de Saúde (ACES) da Lezíria, onde se inclui o concelho de Salvaterra de Magos, pois não foi aberta qualquer vaga para medicina geral e familiar no concurso publicado a 6 de Fevereiro no Diário da República.
Este tema, a par da acção social, foi igualmente abordado, como aqui já demos conta, na recente reflexão proporcionada pela Assembleia Municipal de Salvaterra de Magos, e mereceu o destaque noticioso que seguidamente se exemplifica.

NOTÍCIA DISPONÍVEL EM

Poucos dias depois do secretário de Estado da Saúde, Fernando Leal da Costa, ter garantido à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos o seu empenho e a sua disponibilidade para colmatar a falta de médicos no concelho ribatejano, a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARS-LVT) abriu vários concursos públicos para recrutar clínicos medicina geral e familiar, mas nenhum deles foi aberto para o ACES da Lezíria.
A autarquia de Salvaterra aprovou uma moção onde estranha este comportamento da ARS-LVT, até porque o concurso prevê a colocação de médicos na Área Metropolitana de Lisboa, no Oeste e no Médio Tejo, mas não tenta "diminuir o sofrimento dos utentes do Serviço Nacional de Saúde dos que residem na Lezíria do Tejo".
Neste documento, "a saúde que nos negam... esqueceram-se de nós!", aprovado na quarta-feira, 19 de fevereiro, a Câmara Municipal de Salvaterra de Magos denúncia que o concelho e a sub-região do ACES da Lezíria estão a ser alvo de um "tratamento de desfavor", e exige às entidades que regulam o sector da saúde soluções para colmatar a falta de seis médicos, situação reconhecida pela própria ARS-LVT.
O concelho tem atualmente as extensões de saúde de Muge e do Granho encerradas, e tem apenas um médico a servir a freguesia de Marinhais, um outro a servir as populações de Glória do Ribatejo, Granho e Muge, e um terceiro nos Foros de Salvaterra.
Um dia depois, 20 de fevereiro, o grupo parlamentar do Bloco de Esquerda entregou na Assembleia da República um conjunto de perguntas dirigidas ao Ministério da Saúde, também sobre os problemas no concelho a nível da prestação de cuidados de saúde.
"Quando vão ser contratados os médicos em falta" e "quando vão ser reabertos os polos de Granho e Muge" são duas das várias perguntas colocadas pelos deputados João Semedo e Helena Pinto, que lembram ao governo que "atualmente, cerca de 41% da população de Salvaterra de Magos não tem acesso a médico de família, sendo este o concelho com menos cobertura do ACES da Lezíria".

Sem comentários:

Enviar um comentário