domingo, 10 de agosto de 2014

TODO O CUIDADO É POUCO


Numa altura em que as famílias procuram mais a beira mar importa ter sempre presente os cuidados a ter, principalmente quando vamos a banhos. Daí termos optado por publicar a notícia que seguidamente se reproduz.



O início da época balnear marca a altura em que as praias começam a receber quem vai a banhos. No mar, há vários cuidados a ter em conta, um deles prende-se com os agueiros, existentes em muitas praias do país e que já apanharam várias pessoas de surpresa. 

Os agueiros são provenientes correntes de retorno, que formam canais que puxam a água para fora. Isto acontece quando o rebentar das ondas forma uma constante acumulação de água junto à praia, que depois tem que escoar para regressar ao equilíbrio. 

Este fenómeno ocorre sobretudo onde não há ondas a rebentar pelo que pode enganar os banhistas, que podem acabar por ser arrastados pela corrente onde a ondas parecem menores ou quase inexistentes. 
Este ano, de forma a conseguir obter maior conhecimento sobre este fenómeno, o Instituto Hidrográfico da Marinha está a lançar um projecto científico. 

"Numa primeira fase vamos ganhar conhecimento sobre a dinâmica dos agueiros em Portugal para depois integrar esse conhecimento nos nossos sistemas de previsão", explica o Tenente Quaresma dos Santos, oceanógrafo no Instituto Hidrográfico da Marinha. 

E de que forma será recolhida essa informação? Com inquéritos a preencher por nadadores salvadores, para formar uma base de dados sobre a frequência de agueiros e as alterações na costa. 

"A cada inverno, sobretudo nos invernos mais rigorosos, a topografia das praias vai-se modificando, pelo é importante, se mantivermos este registo daqui para a frente, termos uma perspectiva da forma como os riscos nessas praias evoluem", disse o Tenente Quaresma dos Santos. 
Toda a informação será posteriormente disponibilizada à Autoridade Marítima e ao Instituto de Socorros a Náufragos. 
Os agueiros são canais perpendiculares à praia, por isso melhor forma de sair desta situação é tentar nadar para o lado até perceber que deixou de ser arrastado e entrou numa zona calma, altura em que pode nadar tranquilamente e regressar à praia. 
O projecto deverá ter os primeiros dados disponíveis na próxima época balnear. Para a época que estamos a atravessar, pede-se um cuidado-extra, sobretudo nas praias da Costa da Caparica, cujos fundos mudaram com o inverno. 


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